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Escassez de CO2 ameaça cerveja na Europa mas Portugal está imune
A indústria cervejeira europeia está a enfrentar dificuldades na produção, em particular no Norte do continente, devido à escassez de dióxido de carbono (CO2), ingrediente fundamental para o gás nas cervejas. Em Portugal, contudo, os efeitos desta falta de CO2 não se têm sentido.
De acordo com a imprensa internacional, existe uma escassez de dióxido de carbono para uso industrial na Europa devido ao encerramento em simultâneo de várias fábricas de amoníaco para manutenção. O CO2 é libertado durante a produção de amoníaco, sendo depois vendido à indústria para diversos fins como a produção de cerveja e refrigerantes gaseificados, a embalagem de produtos frescos – como carne ou saladas – e até mesmo nos matadouros, sendo este gás usado para atordoar os porcos.
Contactadas pelo Negócios, as duas cervejeiras portuguesas e a Refrige, que produz refrigerantes como a Coca-Cola, indicaram não estar a sentir qualquer efeito, nem anteciparem problemas na produção.
Já o Super Bock Group disse que "a capacidade instalada que temos para recuperação e armazenamento de CO2, produzido naturalmente durante o processo de fermentação, faz com que sejamos absolutamente auto-suficientes face àquelas que são as nossas necessidades de produção". Adicionalmente, o grupo não tem qualquer indicação de constrangimentos no fornecimento de dióxido de carbono na Carlsberg, accionista de referência da cervejeira nacional.
Também a Coca-Cola European Partners referiu que "esta situação não teve nenhum impacto na produção da fábrica da Coca-Cola European Partners em Portugal, em Palmela, nem se prevê que venha a ter".