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Energias do Brasil admite investir em energia eólica (act.)

A Energias do Brasil, no âmbito do novo posicionamento no mercado brasileiro, admite investir em energia eólica e aumentar o peso da área de geração na facturação e geração de EBITDA, anunciou Jorge Godinho, presidente do conselho de administração da empr

05 de Abril de 2005 às 12:09
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(actualiza com mais informações da conferência e altera lead)

A Energias do Brasil, no âmbito do novo posicionamento no mercado brasileiro, admite investir em energia eólica e aumentar o peso da área de geração na facturação e geração de EBITDA, anunciou Jorge Godinho, presidente do conselho de administração da empresa e integrante da comissão executiva da EDP-Energias de Portugal.

Ontem, em São Paulo, Godinho falou que «sentimos que estamos sub-expostos ao lado da geração, mas só investiremos em geração se os racionais económicos forem sólidos».

O executivo português salientou, no entanto, que esse crescimento em geração será feito com parcerias locais.

«Não temos nenhuma obsessão de sermos accionistas exclusivos». Na geração, em particular, hidroeléctrica, o grupo quer esticar a parceria com a estatal Furnas a outros projectos.

Para este ano, o grupo elegeu os leilões de novas barragens, que o governo brasileiro vai licitar, no segundo semestre, como via para aumentar a importância da geração do grupo no Brasil. O grupo está de «olho» em quatro projectos hidroeléctricos, dois deles identificados (Ipoeiras e Mirador). Além da aposta em eólicas.

A mudança da designação para Energias do Brasil será acompanhada da abertura do grupo a novas oportunidades em energias renováveis, como a eólica. Presente no Brasil, desde 1996, a participada da EDP tem feito investimentos (no total mais de dois mil milhões de euros) em produção e distribuição eléctrica.

Com o novo posicionamento, vem também a intenção de apostar em outras energias que não só a energia eléctrica. Em conferência de imprensa, para anunciar a nova marca e logótipo, Jorge Godinho, presidente do conselho de administração da empresa e integrante da comissão executiva da EDP-Energias de Portugal, admitiu que o grupo no Brasil «está de olho nestes investimentos do negócio eólico», lembrando que esta área tem sido uma forte aposta na Península Ibérica.

Em operação, o grupo tem 450 megawatts de energia eólica em Portugal e Espanha e tem como objectivo chegar aos 1.700 megawatts em 2007.

Hoje em dia, a distribuição contribui com 90% para as receitas e a geração somente com 10%.

O Brasil representa 15% da Energias de Portugal, e com as novas apostas, Godinho acredita que o peso do Brasil possa subir para 20% de todo o grupo. Por isso, o executivo destaca que o Brasil é um dos mercados prioritários para o grupo.

«Queremos ser uma das empresas de referência do sector eléctrico no Brasil e listada no Bovespa», adiantou a mesma fonte, sublinhando a importância da dimensão e da eficiência para atingir a esse objectivo.

A nova etapa foi uma decisão "consistente" com os "bons resultados obtidos em 2004", explicou António Martins da Costa, presidente executivo da Energias do Brasil. "2004 foi um ano importante em termos de viragem. Conseguimos as bases sólidas para a consolidação das operações".

*Correspondente em São Paulo

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