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Enatur diz processo de privatização com 18 entidades interessadas
A Enatur, empresa que gere as Pousadas de Portugal, anunciou hoje que são já 18 as entidades, nacionais e estrangeiras, interessadas no processo de privatização da companhia, que está concluído até ao final do primeiro semestre deste ano.
«Os interessados poderão levantar o caderno de encargos da operação ainda em Abril, e, no prazo de duas semanas, apresentar propostas concretas», refere um comunicado da Enatur, explicando que «as quatro melhores passam depois por uma fase de negociação para apuramento das duas que melhor correspondam aos objectivos definidos para a operação».
A Enatur afirma que entre os interessados destacam-se o Grupo Espírito Santo, o Grupo Amorim, o Grupo Pestana, a Fundação Oriente, a SODIM (Queiroz Pereira), a Globália (Halcon), as cadeias D. Pedro, Eduardo VII, Heritage e NH Hoteles, e a Fibeira Turismo, estando ainda em preparação um eventual MBO liderado por um administrador de uma das participadas da Enatur.
Além do encaixe financeiro, o júri dedicará particular atenção às propostas que correspondam aos objectivos do Estado, nomeadamente relacionados com a recuperação e manutenção do património e à divulgação dos valores culturais a ele associados, como a importância histórica na formação da identidade e independência de Portugal.
O júri posteriormente escolherá uma proposta final que submeterá à decisão do Governo.
O vencedor deste processo de selecção, além da concessão da exploração da rede de pousadas da Enatur por um prazo não inferior a dez anos, terá de adquirir 37,6% do capital social da empresa, obrigando-se ainda a subscrever um aumento de capital que lhe permita elevar a sua posição até aos 49%.
A montagem da operação está a ser coordenada, a partir da Enatur, por António Amaro de Matos, antigo presidente do IPE, com a consultoria financeira a cargo do Banco Finantia.
A Enatur explora 44 pousadas, 16 das quais classificadas de interesse histórico. Está previsto o encerramento ou alienação de unidades consideradas inviáveis.