Os responsáveis pelas principais empresas energéticas europeias estão preocupados com a segurança do abastecimento e acreditam que o risco de corte de abastecimento está a crescer, refere o relatório anual do sector elaborado pela PricewaterhouseCoopers (PWC).

Cerca de metade dos executivos das energéticas líderes na Europa acreditam que "apagões" e interrupções no abastecimento de gás são mais prováveis agora do que há cinco anos atrás, devido à instabilidade política que afecta alguns dos países fornecedores de gás natural.

Mais de um terço dos inquiridos europeus referem como "imenso" ou "significativo" desafio o desequilíbrio entre a oferta e a procura e o abastecimento na Europa.

O relatório refere também que o sector das "utilities" na Europa está a experimentar uma onda de consolidações com uma série recorde de mega fusões e aquisições.

Esta mudança é vista por 57% dos executivos europeus como revolucionária ou muito significativa e quase dois terços, 72%, concordam que este é o período de maior mudança dos últimos 20 anos.

O relatório, baseado no inquérito a 116 executivos de "utilities" líderes de 43 países, refere também que no futuro o sector vai ser "significativamente diferente do actual".

O estudo da PWC afirma que vai haver um menor número de empresas de geração e distribuição de energia, com dimensão muito maior.

Refere ainda que a tecnologia vai ser o principal motor nas alterações do sector e que os investimentos vão ser, fundamentalmente, focados no carvão limpo para reduzir as emissões de C02.

O nuclear vai também ter um papel mais importante no "mix" de fontes de energia, devido às preocupações com as alterações climáticas.