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Empresas eólicas fazem encomenda conjunta de 600 milhões de euros

A Endesa, a EdF e a Generg, entre outros empresas promotoras de energia eólica que concorrem entre si, assinaram ontem um acordo inédito em Portugal, de 600 milhões de euros, para a compra conjunta de aerogeradores à alemã Enercom.

26 de Janeiro de 2007 às 13:50
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A Endesa, a EdF e a Generg, entre outros empresas promotoras de energia eólica que concorrem entre si, assinaram ontem um acordo inédito em Portugal, de 600 milhões de euros, para a compra conjunta de aerogeradores à alemã Enercom.

A carteira de encomendas vai permitir o fornecimento a vários parques eólicos, num total de cerca de 500 MW, devendo a entrega dos últimos aerogeradores ocorrer num período máximo de 18 meses.

Estes aerogeradores, que serão ainda ser produzidos fora de Portugal, vão servir de contrapartida para o "cluster" eólico de Viana do Castelo, cuja construção arrancou na semana passada.

Ou seja, como contrapartida, a Enercom assume o compromisso de construir futuras encomendas para o estrangeiro, a partir do estaleiro de Viana do Castelo, uma vez que para assegurar os prazos de entrega a estes promotores, que ontem assinaram o contrato, os aerogeradores terão que ser fabricados fora de Portugal.

"A principal vantagem deste contrato é que todo o ‘cluster’, constituído por 29 empresas, arranca com uma carteira de encomendas de mais de 2 mil milhões de euros, valor que vai além dos 1.200 MW contratados entre a Eólicas de Portugal" e o Estado português, no âmbito da primeira fase do concurso das eólicas, ganho pelo consórcio liderado pela EDP.

Esta explicação foi dada aos jornalistas por Carlos Pimenta, presidente da mesa da AG do consórcio Eólicas de Portugal.

A outra grande vantagem deste contrato conjunto, "mais do que o preço, são os 15 anos de garantia da operação de manutenção, que em média nunca ultrapassam os cinco anos no sector", afirmou Carlos Pimenta.

Este contrato será financiado em regime de "project finance", com base num acordo de PPA (tarifa) com o Estado, de 15 anos, com base num valor médio de 85/86 euros por MWh, e com uma amortização esperada de 15 anos.

A Endesa, a EdF e a DST vão ser responsáveis pela compra de 240 MW (cerca de 300 milhões de euros) para os parques eólicos da sua empresa VentoMinho. Já a Generg vai comprar 200 MW para vários parques e a EdF 112 MW, num total aproximado de 140 milhões de euros. O restante será assegurado por pequenos promotores locais.

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