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Empresas portuguesas são das que mais recorrem a inteligência artificial na UE

Mais de 17% das empresas em Portugal já recorrem a tecnologias de inteligência artificial para auxiliar os trabalhos. A média europeia fica pelos 8%.

21 de Setembro de 2023 às 11:55
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Portugal foi em 2021 o segundo país da União Europeia onde as empresas mais utilizaram a inteligência artificial para apoiar o seu trabalho. De acordo com o relatório divulgado esta quinta-feira pelo Eurostat, 17,3% das empresas portuguesas recorrem a estas tecnologias, um valor que fica apenas atrás da líder Dinamarca (24%).

O gabinete de estatísticas da União Europeia refere que a média dos Estados-membros ronda os 8% (menos nove pontos percentuais do que Portugal) e que na cauda da Europa está a Roménia, onde a utilização não chega sequer aos 2%, e a Grécia e o Chipre com 2,6%.

De acordo com este relatório que faz o ponto de situação da digitalização na União Europeia, a inteligência artificial "dá às máquinas e sistemas a capacidade de aprender e tomar decisões com algum grau de autonomia para atingir objetivos específicos" e está numa fase de acelerado desenvolvimento.

Portugal também lidera na segurança informática

O relatório destaca também que o país é, a par da Eslováquia, o que menos queixas registou a nível das chamadas TIC (tecnologias de informação e comunicação). Em Portugal, apenas 12% das empresas relataram incidentes relacionados com a segurannaça informática, um valor abaixo dos 22% da média europeia.

Os finlandeses, pelo contrário, são os que registam mais problemas nesta área, com mais de 40% das empresas a relatarem casos de insegurança dos seus sistemas informáticos. 

O Eurostat defende que as "empresas devem implementar medidas, práticas e procedimentos de segurança das TIC" de modo "prevenir incidentes e garantir a integridade, disponibilidad e confidencialidade dos seus dados e sistemas de TIC".

Em 2022, pelo menos 92% das emrpesas da União Europeia já tinha posto em prática pelo menos uma medida de segurança. Apesar dos elevados números de queixas, a Finlândia é simultaneamente o país que mais aplicou estas medidas, com uma percentagem muito próxima da totalidade das empresas.

O relatório dá também conta de que Portugal é o país europeu onde a população enfrenta menos problemas nas compras online. Em 2022, apenas 6% dos compradores denunciaram qualquer tipo de problema, um valor muito abaixo do registado na média dos países europeus (33%).

Mais de metade dos compradores online de Malta (66%), Luxemburgo (59%), Países Baixos (56%) e Áustria (53%) relatam problemas nas semanas posteriores às compras.

"O problema mais comum enfrentado pelos compradores eletrónicos na UE foi a velocidade de entrega mais lenta do que a indicada, com 21% dos compradores eletrónicos a reportarem este problema. Para 9% dos compradores online, o website era demasiado difícil de utilizar ou não funcionava satisfatoriamente, enquanto 8% indicaram bens ou serviços errados ou danificados como o principal problema encontrado", detalha o Eurostat.

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