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Empresas estrangeiras em Portugal empregavam 17% da população ativa em 2019

Filiais de empresas estrangeiras sediadas em Portugal representaram 40% das grandes empresas em 2019, empregando 17% da população ativa.

As empresas com mais iniciativas de saúde e bem-estar gerais garantem trabalhadores mais resilientes.
Paulo Duarte
24 de Novembro de 2020 às 13:24
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As 8.275 filiais de empresas estrangeiras em Portugal empregavam, no ano transato, 553 mil pessoas, o que equivalia a 17% do pessoal ao serviço do conjunto das sociedades não financeiras, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira (dia 24 de novembro).

As empresas estrangeiras com filiais em Portugal representam 40% das grandes empresas em território português. Empregando, em média, cerca de 67 pessoas cada uma (-2,1 pontos percentuais face ao ano anterior), um valor muito superior ao das sociedades nacionais, que contam geralmente com a ajuda de 6 colaboradores.

Entre 2017 e 2019, o peso das pessoas ao serviço das filiais de empresas estrangeiras face ao total das sociedades cresceu 1,6%, registando-se um aumento de cerca de 97 mil pessoas ao serviço nas filiais estrangeiras.

Quanto ao VAB (valor acrescentado bruto), as filiais apresentaram um aumento de 10,4 pontos percentuais (p.p.) em 2019, obtendo um VAB de 26,3% do total do setor empresarial e atingindo os 25,4 mil milhões de euros. Apesar das empresas nacionais também terem aumentado o seu VAB, este cresceu somente 4,3%, um valor mais diminuto do que o das filiais.

O maior contributo para o VAB e para o pessoal ao serviço teve origem nas sociedades com mais de 20 anos, tanto nas sociedades nacionais, como nas filiais de empresas estrangeiras. No caso das filiais, esse contributo representou 63,7% do VAB e 65,3% do pessoal ao serviço, em 2018. Nas sociedades nacionais, os contributos foram de 50,8% no VAB e de 44,5% no pessoal ao serviço.

O volume de negócios das filiais estrangeiras, que representava 24,1% em 2010, atingiu 27,2% em 2019.Por setor de atividade económica, o Alojamento e Restauração (30,4%) e a Construção e atividades imobiliárias (29,2%) evidenciaram as taxas de crescimento mais elevadas do VAB das filiais estrangeiras, em 2019.

Não obstante, é de salientar que o número de filiais estrangeiras em Portugal fica ligeiramente abaixo da média da UE-28, no que se refere ao peso do VAB.

Ainda no ano transato, as filiais com sede em Portugal aumentaram o seu peso no total das exportações de bens, ascendendo aos 39,9%. Estas apresentaram um crescimento superior ao das sociedades portuguesas, apesar de a tendência se ter invertido entre o primeiro mês de 2020 e setembro, aquando da pandemia.

As empresas portuguesas revelaram um comportamento menos negativo do que as filiais no eclodir e na evolução da pandemia da Covid-19.

A produtividade aparente do trabalho nas filiais foi ainda assim superior em 70,6% à das sociedades nacionais, os gastos com o pessoal foram também eles mais elevados, cerca de 52,6%, e a remuneração média mensal por pessoa ao serviço das filiais estrangeiras ultrapassou em 39,7% a das empresas portuguesas no ano de 2019.

Comparativamente com as filiais em termos de dimensão, as empresas nacionais de grande escala não apresentam diferenças muito acentuadas. Contudo, quando se comparam as micro e pequenas empresas portuguesas com as filiais, as diferenças são notórias, de acordo com os dados do INE relativos ao ano transato.

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