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Embraer vende ativos em Portugal à espanhola Aernnova por 150 milhões de euros

A fabricante brasileira de aviões Embraer vendeu os ativos que detinha em Portugal à espanhola Aernnova por 172 milhões de dólares, cerca de 150 milhões de euros.

Reuters
12 de Janeiro de 2022 às 11:17
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A fabricante brasileira de aviões Embraer vendeu os ativos que detinha em Portugal à espanhola Aernnova Aerospace SAU. O negócio foi concluído por 172 milhões de dólares, cerca de 150 milhões de euros, avançou a Bloomberg.

Em causa estão as subsidiárias Embraer Portugal Estruturas Metálicas e Embraer Portugal Estruturas em Compósitos. De acordo com o comunicado emitido pela Embraer, a Aernnova vai assumir a operação das duas unidades industriais, situadas no Parque Industrial Aeronáutico de Évora, e garantir a produção de componentes para o portfólio de aeronaves Embraer.

As duas empresas assinaram um "acordo comercial de longo prazo" que aumenta "a previsão de receitas de longo prazo da Aernnova", que terá em Évora os seus maiores centros produtivos no mundo.

A transação deverá ficar fechada no primeiro trimestre de 2022, após a conclusão de "um conjunto de condições" por ambas as partes.

A Embraer classifica o acordo como "estratégico", defendendo que este "reforça e consolida o seu compromisso com Portugal, país onde a empresa mais investe na capacidade industrial, fora do Brasil, e que possui uma localização estratégica para a sua presença na Europa". 

O acordo, refere o comunicado, "contempla a venda de todas as ações das referidas subsidiárias da Embraer à Aernnova", por 172 milhões de dólares, "sujeito a ajustes" até ao encerramento. "O acordo tem como objetivo aumentar a capacidade de produção dos centros de excelência, cuja operação tem uma importância estratégica para os produtos atuais e futuros da Embraer", lê-se na mesma nota. 

Com o negócio, a Aernnova prevê aumentar as suas receitas em cerca de 170 milhões de dólares, ou 150 milhões de euros. "A capacidade das unidades industriais em Évora também permitirá a assinatura de novos contratos, seja com a Embraer ou com outros fabricantes", acrescenta a empresa, que diz sair reforçada "como fornecedora de primeira linha para aeronaves de corredor único, avançando a posição da companhia nos mercados de aeronaves executivas e de defesa". 

As instalações de Évora têm 37.100 e 31.800 metros quadrados, respetivamente, e empregam cerca de 500 pessoas. O complexo  produz "componentes para asas e estabilizadores verticais e horizontais para programas aeronáuticos da Embraer como os jatos executivos Praetor 500 e Praetor 600, as duas gerações da família de E-Jets de jatos comerciais e o jato multimissão KC-390 Millennium". 

Para Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer, o acordo "é um importante passo" na estratégia de otimização de ativos da empresa, "que visa maximizar o uso" de unidades e "melhorar a rentabilidade da companhia". O responsável diz-se "satisfeito" com o acordo, que "permitirá a ampliação dos níveis de ocupação nas fábricas de Évora e a diversificação da base de clientes, trazendo novas oportunidades de negócios". 

Já Ricardo Chocarro, CEO da Aernnova, salienta que "o acordo é mais um passo na estratégia de crescimento da Aernnova, que reforça ainda mais o status da companhia como uma líder global no design e na produção de aeroestruturas".

O responsável revela que a Aernnova quer "avançar ainda mais nas operações das instalações e estabelecer Évora como um modelo na fabricação de aeroestruturas, com o suporte técnico e comercial do Grupo Aernnova". 

A empresa espanhola tem mais de 4.500 funcionários e mantém operações no Brasil, México, Reino Unido e EUA. Além da Embraer, tem clientes como a Airbus, Bell Helicopters, Boeing, Northrop Grumman, Sikorsky, e Space X.
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