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Em Julho nasceram quase três empresas por cada uma que fechou portas
No mês passado, criaram-se mais empresas em Portugal do que no mesmo mês do ano passado, enquanto as insolvências e os encerramentos voltaram a descer, revelam os dados do barómetro mensal Informa D&B.
De acordo com o barómetro, divulgado esta segunda-feira, 7 de Agosto, foram criadas em Portugal 2.918 empresas em Julho, o que traduz aumento de 15,5% em termos homólogos. Já o número de encerramentos caiu 10,8% para 1.009 e o de insolvências diminuiu 17,9% para um total de 220. Significa isto que por cada empresa extinta no mês passado, praticamente três nasceram.
Olhando para o conjunto dos primeiros sete meses do ano, a constituição de empresas atingiu 24.847 – mais 7,6% do que no mesmo período de 2016 – enquanto os encerramentos totalizaram 7.761 (menos 2,6%) e as insolvências 1.638 (menos 23%).
O aumento do número de nascimentos até Julho explica-se sobretudo pela subida das constituições verificadas entre Maio e Julho, assente fundamentalmente nos sectores dos Serviços, Actividades imobiliárias, Construção, Agricultura, pecuária, pesca e caça e Alojamento e restauração.
Sem sentido inverso, o sector do Retalho, seguido das Indústrias transformadoras e sector Grossista, apresentaram descidas significativas nas constituições até Julho.
Em termos regionais, Lisboa está na liderança no que respeita à criação de novas empresas, seguida pelo Porto e Braga, ainda que tenha sido a Horta e Portalegre a protagonizar os maiores aumentos nos primeiros sete meses deste ano.
No que respeita aos encerramentos, a descida verificada nos sete meses até Julho é essencialmente sustentada pelo comportamento dos sectores Grossista (-90 encerramentos), Retalho (-70 encerramentos), Serviços (-29 encerramentos) e Indústrias Transformadoras (-28 encerramentos). O distrito de Lisboa ( com mais 129 encerramentos) mantém-se em contraciclo com a quase totalidade dos distritos que desce ou mantém o número de extinções.
O barómetro Informa D&B revela ainda que a percentagem de empresas que pagam dentro dos prazos acordados melhorou ligeiramente desde os últimos meses de 2016, mas mantém-se em valores ainda reduzidos (17,9%). O atraso médio de pagamento situa-se nos 26 dias, valor semelhante ao registado nos últimos 12 meses.