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Elon Musk diz que SpaceX pode ajudar a NASA a desenvolver fatos espaciais

Elon Musk mostrou-se disponível para que a SpaceX ajude a NASA a desenvolver a próxima geração de fatos espaciais, após um relatório apontar para atrasos e gastos elevados com o programa.

Reuters
11 de Agosto de 2021 às 10:29
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Elon Musk, o dono da empresa de exploração espacial SpaceX e da Tesla, ofereceu os serviços da empresa para ajudar a NASA a desenvolver a próxima geração de fatos espaciais. No Twitter, o multimilionário respondeu a um tweet sobre o tema, mostrando-se disponível para essa cooperação.

Musk respondeu a um tweet de um jornalista da CNBC, que partilhou um relatório publicado ontem pela área de auditorias da agência espacial norte-americana sobre o desenvolvimento de fatos espaciais de próxima geração. Neste relatório é explicado que a agência está a trabalhar no desenvolvimento destes fatos há 14 anos, mas que a NASA enfrenta "desafios significativos" para conseguir atingir o objetivo de ter os primeiros fatos prontos até novembro de 2024, data em que pretende regressar à Lua, na missão Artemis.


A NASA já gastou 420 milhões de dólares no projeto (cerca de 358 milhões de euros) e é esperado que ainda vá gastar outros 625 milhões de dólares (533,6 mlhões de euros). Além disso, os constantes atrasos no programa apontam que só seja possível ter os primeiros fatos prontos "em abril de 2025, no mínimo".

Segundo Elon Musk, a "SpaceX poderá fazê-lo [ajudar no desenvolvimento], caso seja necessário".

A SpaceX já desenvolveu os fatos para os astronautas que estiveram a bordo da cápsula Dragon, num voo até à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). Mas desenvolver fatos para uma missão que implica a saída da cabine, como será o caso da Artemis, acarreta outro nível de complexidade, já que é preciso assegurar que o astronauta sobrevive em condições adversas.

Até aqui, os astronautas que estão na Estação Espacial Internacional utilizam fatos espaciais que foram criados há 45 anos, na altura para a missão dos Space Shuttle, que durante anos levaram astronautas até à ISS. Este programa chegou ao fim em 2011, o que levou a agência espacial dos EUA a depender da Rússia para o transporte de astronautas até à Estação Espacial.

No relatório, é apontado que a covid-19 também teve um papel nos atrasos de desenvolvimento deste projeto, que poderá ter um custo total "superior a mil milhões de dólares" até 2025. O objetivo inicial da NASA passava por ter os fatos espaciais prontos até março de 2023, ainda antes da missão Artemis.

Nesta missão, os Estados Unidos querem voltar a repetir a façanha de andar na Lua, mais de 50 anos depois da missão Apollo 11.

À CNBC, a NASA comenta apenas que já tinha pedido no mês passado às empresas da indústria espacial para fornecerem comentários sobre "aquisições de fatos espaciais comerciais, hardware e serviços", não comentando a oferta de Elon Musk.
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