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Efeito cambial ajuda lucro da Energias do Brasil a triplicar no semestre

Os lucros da Energias do Brasil, subsidiária da EDP no mercado brasileiro, triplicaram, nos primeiros seis meses do ano, para os 229,5 milhões de reais, devido ao efeito positivo da variação cambial sobre parte da dívida, do efeito das participações minor

29 de Julho de 2005 às 14:01
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Os lucros da Energias do Brasil, subsidiária da EDP no mercado brasileiro, triplicaram, nos primeiros seis meses do ano, para os 229,5 milhões de reais, devido ao efeito positivo da variação cambial sobre parte da dívida, do efeito das participações minoritário e crescimento de 18,5% nas receitas líquidas.

Em comunicado, a Energias do Brasil divulga que obteve resultados líquidos positivos de 229,5 milhões de reais (78,6 milhões de euros), o que contrasta com os 70,5 milhões de reais (24,14 milhões de euros) obtidos no primeiro semestre de 2004.

Este valor «contempla o efeito das participações minoritárias no montante de 22,1 milhões de reais (7,6 milhões de euros), o que representa um lucro antes de participações minoritárias no valor de 48,4 milhões de reais (16,6 milhões de euros)», explica na nota.

O resultado financeiro conduziu à subida dos lucros entre Janeiro e Junho deste ano. No primeiro semestre, a empresa registou um resultado financeiro líquido positivo de 13,2 milhões de reais (4,52 milhões de euros), contra um resultado negativo no valor de 197,3 milhões de reais (67,6 milhões de euros) atingidos no semestre homólogo.

«Esse melhor resultado reflecte o efeito positivo da variação cambial sobre a parcela do nosso endividamento denominado em moeda estrangeira, especialmente sobre as Senior Notes da Escelsa , que representavam 28,2% da dívida bruta e que, isoladamente, contribuíram de forma positiva com 131 milhões de reais (44,9 milhões de euros) no semestre», adianta a mesma fonte.

Nos primeiros seis meses do ano, a Energias do Brasil apresentou um crescimento de 18,5% nas receitas líquidas para os 2,181 mil milhões de reais (746,8 milhões de euros). O EBITDA, no mesmo período, ascendeu a 517,6 milhões de reais (177,2 milhões de euros), mais 23,2% do que no primeiro semestre de 2004.

Neste período, a empresa investiu 515 milhões de reais (176,3 milhões de euros), valor que compara com os 432 milhões de reais (148 milhões de euros) do mesmo período de 2004.

A expectativa de desembolsos com investimentos em 2005 é de 1,052 mil milhões de reais (360 milhões de euros), destacando-se, no segmento de geração, as obras da hidroeléctrica Peixe Angical, que deverá entrar em operação em 2006, acrescentando 452 megawatts de capacidade instalada ao grupo. Está previsto ainda para 2006 o início de operação da quarta unidade geradora da hidroeléctrica de Mascarenhas (50 MW adicionais).

Além disso, as distribuidoras da Energias do Brasil estão a investir, este ano, 21,5 milhões de reais (7,36 milhões de euros) no combate às perdas. Este montante está a ser usado em melhorias do processo de medição de energia, em custeio das operações de detecção de fraudes e em campanhas na «media» de conscientização do perigo das ligações clandestinas.

 No primeiro semestre do ano, as distribuidoras realizaram 150 mil inspecções que resultaram na descoberta de 12,3 mil fraudes e na regularização de 50 mil ligações clandestinas.

A distribuição contribui com 89,8% do EBITDA da Energias do Brasil. O volume de energia distribuído no primeiro semestre cresceu 3,4%.

*Correspondente em São Paulo

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