António Mexia, apesar de presidir à Energias de Portugal (EDP), empresa incumbente do sector eléctrico português, considera que é "absolutamente indispensável" garantir a concorrência tanto em Portugal como nos outros países europeus de modo a assegurar a existência de um mercado único de energia.

Defensor de "players" de média dimensão, Mexia acredita que a criação de um mercado único obriga à existência de um sistema eficaz de regulação, à concretização do "unbundling" e a "players" nos mercados regionais.

"Os ‘players’ de dimensão intermédia são fundamentais para a diversificação de poderes", sendo que "numa óptica de equilíbrio de política energética é crucial uma Europa multipolar que garanta a estabilidade do abastecimento", disse António Mexia durante o debate sobre estratégia europeia para a energia na Fundação Serralves.

Além do mercado de electricidade o presidente da EDP considera que estas são condições indispensáveis para o mercado do gás, onde "há problemas óbvios de concentração e dependência externa".