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EDP diz sinais positivos do Brasil mas persiste incerteza sobre regulação

O mercado eléctrico brasileiro tem um potencial de crescimento muito grande a prazo, mas o grande problema continua a ser instabilidade do quadro regulatório. É preciso que as regras estejam claramente definidas de forma a assegurar uma remuneração adequa

30 de Abril de 2004 às 13:15
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O mercado eléctrico brasileiro tem um potencial de crescimento muito grande a prazo, mas o grande problema continua a ser instabilidade do quadro regulatório. É preciso que as regras estejam claramente definidas de forma a assegurar uma remuneração adequada da estrutura dos custos, defendeu o CFO (administrador financeiro) da EDP, numa conversa com jornalistas sobre os resultados da empresa.

Rui Horta e Costa considera que existem sinais positivos da evolução regulatória no Brasil, e que são aliás visíveis na melhoria dos resultados da operação brasileira da EDP [edp]. No entanto, alerta para o risco de optimismo exagerado.

«O Brasil é como uma montanha russa. Para se estar no mercado brasileiro é preciso saber-se estar no longo prazo» disse a mesma fonte, na quinta-feira durante a apresentação dos lucros do primeiro trimestre.

As compensações via tarifas da evolução desfavorável do mercado ao nível de custos e consumos devem ser automáticas e não estar dependentes de um complexo quadro negocial como acontece agora.

É ainda preciso que as autoridades tenham a consciência da importância de criar incentivos aos investimentos na produção para evitar o risco de futuros racionamentos.

E desta evolução depende ainda a dispersão da EDP Brasil na Bovespa (Bolsa de S. Paulo), processo que está a ser preparado e que passa ainda por uma reestruturação das actividades e empresas da eléctrica portuguesa naquele país.

No primeiro trimestre de 2004, a actividade no Brasil confirmou a tendência de melhoria que já verificada desde 2003. O EBIT (resultado operacional) aumentou 28,8 milhões de euros para 47,1 milhões de euros, enquanto o resultado líquido teve uma variação positiva de 9,2 milhões de euros para 17,8 milhões de euros até Março.

No mesmo período, o EBITDA (cash-flow operacional) cresceu 56% para 64 milhões de euros, reflectindo as correcções tarifárias da Bandeirante e da Enersul.

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