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Dono do Minipreço com prejuízos de 257,3 milhões em 2021

O Grupo DIA, cadeia de supermercados espanhola, dona do Minipreço em Portugal, reportou esta terça-feira prejuízos de 257,3 milhões de euros, em 2021, uma recuperação face ao de 363,8 milhões, em 2020.

01 de Março de 2022 às 18:35
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"O grupo teve um resultado líquido de -257,3 milhões de euros face aos -363,8 milhões de euros de 2020", informou a cadeia de supermercados, que publicou os seus resultados financeiros do exercício de 2021.

Ainda assim, o resultado líquido atribuível melhorou 29,3%, "devido a uma redução de 60,2% nos gastos financeiros, como resultado de menores custos de financiamento e uma gestão ativa do risco de tipo de câmbio", apontou o grupo.

"Convém destacar também que o aumento do preço da eletricidade impactou fortemente no aumento dos gastos de exploração do grupo, que subiram dos 5,7% para os 6,5%, em percentagem de vendas líquidas", apontou o DIA, acrescentando que o custo da eletricidade, sobretudo em Espanha, acarretou um sobrecusto de 39,9 milhões de euros.

Também o gasto relacionado com o processo de remodelação de lojas, acarretou um custo adicional de 16,1 milhões de euros no conjunto do grupo.

No ano passado, o grupo alcançou um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de 124 milhões de euros, mais 1,1% do que em 2020.

Tal como antecipou a companhia no passado dia 20 de janeiro, as vendas líquidas alcançaram os 6.648 milhões de euros, menos 3,4% do que no exercício de 2020.

"Esta descida é motivada, essencialmente, pela redução de 3,8% no número de lojas no final do período e pela desvalorização do real brasileiro e do peso argentino", explicou o grupo.

Já as vendas em superfície comparável ('Like-for-Like') registaram um aumento de 5% em 2021, relativamente a 2019, mas, quando comparado com 2020, o 'Like-for-Like' caiu -3,6%.

Relativamente à invasão da Ucrânia e consequentes sanções impostas à Rússia, a cadeia de supermercados controlada pelo fundo de investimento do russo Mikhail Fridman, assegura que "não é afetada de forma alguma" pelas punições da União Europeia (UE).

Numa informação enviada durante a noite ao regulador do mercado de capitais espanhol no âmbito das medidas restritivas da UE em resposta à invasão militar da Ucrânia pela Rússia é sublinhado que o grupo Dia não é controlado por Mikhail Fridman, apesar de este estar na lista negra de pessoas próximas de Vladimir Putin que são visadas por estas sanções.

A nota explica que a cadeia de supermercados é controlada pelo fundo Letterone, que o magnata russo fundou, insistindo-se que não tem o controlo direto do fundo.

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