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Dona da Sagres quer eliminar 8 mil empregos para responder à crise
A Heineken pretende cortar 2 mil milhões de euros aos custos e para tal vai eliminar 10% da sua força de trabalho.
Com grande parte dos restaurantes e bares fechados em todo o mundo, o setor das cervejas está a ser um dos mais afetados pela pandemia.
Para responder à crise, a Heineken vai implementar um agressivo plano de corte de custos, com o objetivo de poupar 2 mil milhões de euros até ao final de 2023.
Para tal, aquela que é a segunda maior produtora de cerveja do mundo e que em Portugal controla 100% do capital da Central de Cervejas (que produz a Sagres), pretende eliminar 8 mil empregos, o que representa cerca de 10% da sua força de trabalho.
De acordo com a Bloomberg, que cita o CEO da Heineken, cerca de um quinto dos postos de trabalho na sede da empresa em Amesterdão vão ser suprimidos já neste primeiro trimestre.
"Do lado da produtividade, temos de fazer mais do que uma intervenção e tal não deverá terminar em 2023", explicou o CEO Dolf van den Brink.
A Heineken tinha lançado o seu plano de reestruturação no ano passado, mas só agora revelou o número de postos de trabalho a eliminar. Em marcha estão já várias iniciativas, que têm como objetivo elevar a margem operacional da companhia para 17% em 2023, atingindo assim o nível registado antes da pandemia.
Segundo as estimativas da empresa, cerca de dois terços dos bares que são fornecidos pela Heineken estiveram de portas fechadas em 2020. No ano passado as receitas da empresa desceram 11,9%, acima da queda de 10,9% estimada pelos analistas.
Para este ano, aquela que é a segunda maior cervejeira mundial (só atrás da Anheuser-Busch InBev NV) espera uma melhoria da atividade a partir do segundo semestre.
As ações da Heineken estão a reagir em queda na bolsa de Amesterdão, desvalorizando 2,1%.