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Dona da bolsa de Londres compra Refinitiv por 27 mil milhões de dólares
O London Stock Exchange Group vai comprar a antiga unidade de Financial & Risk da Thomson Reuters por 27 mil milhões de dólares, um negócio que deverá estar concluído no segundo semestre de 2020.
O London Stock Exchange Group anunciou esta quinta-feira, 1 de agosto, que chegou a acordo para comprar a Refinitiv, fornecedora de dados e infraestrutura para os mercados financeiros, por 27 mil milhões de dólares (cerca de 24,2 mil milhões de euros).
Esta aquisição, que deverá estar concluída no segundo semestre de 2020, "criará uma empresa com escala global e diversificação geográfica em mercados chave incluindo a América do Norte, mercados emergentes de rápido crescimento e Ásia", afirmou o CEO do London Stock Exchange Group, David Schwimmer, citado pela Bloomberg.
O grupo, que detém as bolsas de Londres e Milão e o FTSE International, entre outros, confirmou que vai emitir ações, ao mesmo tempo que um empréstimo-ponte de 13,5 mil milhões de dólares vai aumentar a alavancagem do grupo acima do seu target no curto prazo. Os acionistas da Refinitiv, que incluem a Blackstone, o fundo de pensões do Canadá e o fundo soberano de Singapura, vão ficar com uma participação de aproximadamente 37% na empresa.
De acordo com o CEO do LSE, David Schwimmer, o negócio vai precisar da aprovação dos reguladores de vários países, e a empresa admite que poderá ter de fazer alguns desinvestimentos para obter luz verde.
A compra marca a primeira grande aposta de Schwimmer, que saiu do Goldman Sachs em agosto passado para se juntar ao grupo, cujas ações subiram mais de 30% desde a sua chegada até ao final de julho.
A Refinitiv, novo nome da antiga unidade de Financial & Risk da Thomson Reuters, serve mais de 40 mil instituições em 190 países e a sua aquisição deverá gerar poupanças anuais de 350 milhões de libras à LSE dentro de cinco anos.
Segundo a Bloomberg, a Refinitiv tem 19 mil trabalhadores, enquanto o LSE tem cerca de 4.500.
A Blackstone, o fundo de pensões do Canadá e o fundo soberano de Singapura compraram 55% da Refinitiv numa transação no ano passado que avaliou a empresa em 20 mil milhões de dólares.