A Cutrale e o Safra reviram em alta o valor da oferta pública de aquisição hostil (OPA) sobre a Chiquita, de acordo com um comunicado publicado esta quarta-feira, 15 de Outubro, citado pela Bloomberg. O montante da proposta subiu 7,7% para 658 milhões de dólares, cerca de 518,5 milhões de euros. Um prémio de 2,7% sobre o preço actual dos títulos da Chiquita (13,63 dólares).

A 11 de Agosto, a empresa frutícola Cutrale apresentou a proposta em conjunto com o banco brasileiro Safra ofereceram 611 milhões de dólares. Desde esse dia, os títulos valorizaram 35,49%.

Ambos querem evitar a fusão da Chiquita com a Fyffes, anunciada em Março e que, caso se concretize, criará a maior empresa mundial no negócio da banana. Um mercado que a Chiquita liderou até aos anos 90 do século XX. Já a Cutrale pretende diversificar a aposta no mercado frutícola, onde está presente com a comercialização de sumo de laranja, pêras, maçãs e limões.

"A oferta da Cutrale e do Safra continua a ser menos atractiva do que a fusão entre a Chiquita e a Fyffes", refere David Holohan, citado pelo "Financial Times". O analista do Merrion Capital diz que apenas um aumento da oferta para 752 milhões de euros (+ 14,3%) poderá alterar a posição da administração da Chiquita, que aconselhou os accionistas a aceitaram a fusão, segundo uma carta divulgada a 27 de Agosto.

A decisão final será tomada em dois dias: a 24 de Outubro, há assembleia-geral de accionistas da Chiquita; quatro dias depois, a 28, reúnem-se os accionistas da Fyffes.  

As acções da Chiquita valorizaram 5,09% para 13,83 dólares.