Notícia
Custos do gás multiplicam por sete na Vista Alegre e atiram resultados para o vermelho
A empresa de cerâmica teve um prejuízo de 290 mil euros nos primeiros nove meses do ano, face aos lucros de 629 mil euros do período homólogo. A culpa é dos custos com o gás, que dispararam 600% neste período.
Negócios
10 de Novembro de 2022 às 17:10
A Vista Alegre teve um prejuízo de 290 mil euros nos primeiros nove meses do ano, uma descida face aos 629 mil euros de lucro do mesmo período do ano passado, revela a empresa em comunicado enviado à CMVM.
A empresa sinaliza que estes resultados são marcados por "um forte aumento dos custos de energia, combustíveis e matérias primas, consequência do aumento da inflação provocada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia".
"Cumulativamente nos primeiros nove meses de 2022, o custo do gás foi de 16,1 milhões de euros, que compara com os 2,3 milhões de euros do mesmo período de 2021, um acréscimo de 13,8 milhões de euros", indica a empresa, o que representa um aumento de 600%. "Para isso contribuiu a forte volatilidade do preço médio do gás, tendo atingido no 3º trimestre o valor mais elevado de sempre, ultrapassando os 300€/MWh, o dobro do verificado no 1º e 2º trimestre de 2022".
Ainda assim, até setembro, o volume de negócios, com 103 milhões de euros, teve "um crescimento de 28,3% relativamente ao mesmo período de 2021", embora o EBITDA (lucros antes de impostos, amortizações, depreciações e juros) tenha melhorado apenas 1,2%, ficando nos 14,9 milhões de euros. A margem EBITDA caiu de 18,4% para 14,5%.
Esta melhoria foi suportada pelos segmentos do grés (46,1 milhões de euros, +27%) e da porcelana (34,6 milhões, +26,1%) – que em conjunto representam cerca de 80% do negócio –, "apesar de o crescimento ter sido evidenciado em todos os segmentos de negócio". As vendas no mercado externo representaram 75,4% da faturação, com 77,5 milhões de euros.
A empresa sinaliza que estes resultados são marcados por "um forte aumento dos custos de energia, combustíveis e matérias primas, consequência do aumento da inflação provocada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia".
Ainda assim, até setembro, o volume de negócios, com 103 milhões de euros, teve "um crescimento de 28,3% relativamente ao mesmo período de 2021", embora o EBITDA (lucros antes de impostos, amortizações, depreciações e juros) tenha melhorado apenas 1,2%, ficando nos 14,9 milhões de euros. A margem EBITDA caiu de 18,4% para 14,5%.
Esta melhoria foi suportada pelos segmentos do grés (46,1 milhões de euros, +27%) e da porcelana (34,6 milhões, +26,1%) – que em conjunto representam cerca de 80% do negócio –, "apesar de o crescimento ter sido evidenciado em todos os segmentos de negócio". As vendas no mercado externo representaram 75,4% da faturação, com 77,5 milhões de euros.