A factura da TAP com os combustíveis derrapou 80 milhões euros nos primeiros 11 meses de 2005. Até Novembro, a TAP gastou 280 milhões de euros nesta rubrica, contra um custo orçamentado de 200 milhões de euros.

Este desvio no custo previsto, revelado pelo presidente executivo da TAP na comissão parlamentar de Obras Públicas, desconta já o efeito do reforço da oferta.

Fernando Pinto, que foi à comissão explicar o processo relativo à Varig, adiantou que a empresa estima que o custo total com o combustível tenha atingido em 2005 os 290 milhões de euros. Esta soma quase de que duplicou desde 2003, ano em que a factura era de 160 milhões de euros.

A derrapagem no custo do combustível e o acréscimo da concorrência das operadas de baixo custo "low cost" nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, foram as principais dificuldades enfrentadas pela TAP em 2005. Fernando Pinto diz que ainda não tem elementos para dizer se o último exercício fechou com resultados positivos ou negativos.

A TAP esperava lucros de 14 milhões de euros em 2005. Mas o presidente da companhia já admite que a empresa pode ter voltado aos prejuízos no ano passado.