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Custo do trabalho aumenta 4,1% no terceiro trimestre

O custo médio por trabalhador subiu mais do que no trimestre anterior em todas as atividades económicas, com exceção dos serviços, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatísticas.

Christian Charisius
14 de Novembro de 2022 às 12:34
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O índice do custo do trabalho aumentou 4,1% no terceiro trimestre em relação ao período homólogo de 2021, abrandando o ritmo de subida face aos três meses anteriores (5,9%), anunciou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Entre julho e setembro, os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) e outros custos do trabalho (também por hora efetivamente trabalhada) aumentaram ambos 4,1% (5,7% e 6,4%, respetivamente, no trimestre anterior), segundo o Índice do Custo de Trabalho.

Os aumentos mais acentuados nos custos salariais, neste terceiro trimestre de 2022, registaram-se na indústria (5,7%) e na construção (4,7%), enquanto na administração pública e nos serviços foram "observados acréscimos menores, de 3,8% e 3,3%, respetivamente".

Já no trimestre anterior, todas as atividades económicas tinham registado acréscimos maiores do que os observados neste trimestre. Na publicação divulgada, o instituto estatístico adianta que os custos não salariais "registaram variações iguais em todas as atividades económicas", com exceção da indústria (5,6% e 5,7%, respetivamente) e dos serviços (3,5% e 3,3%).

Tal como no trimestre anterior, o aumento mais acentuado dos outros custos resultou da retoma do pagamento das contribuições patronais das empresas, que no trimestre homólogo tinham aderido ao regime de "lay-off" simplificado ou ao Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva.

O acréscimo deste índice "foi também explicado pelo aumento de 4,6% do custo médio por trabalhador (tinha aumentado 4,3% no trimestre anterior) e pelo acréscimo de 0,5% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador (tinha diminuído 1,3% no trimestre anterior)".

O custo médio por trabalhador subiu mais do que no trimestre anterior em todas as atividades económicas, com exceção dos serviços, tendo as maiores variações sido registadas nas secções da indústria (5,0%), construção (5,2%) e serviços (5,3%) e as menores na administração pública (3,5%).

O INE destaca ainda que os aumentos na Administração Pública têm sido inferiores aos das restantes atividades desde o primeiro trimestre de 2021.

O número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador aumentou nos serviços (1,9%) e na construção (1,9%) e diminuiu na indústria (-0,7%) e na administração pública (-0,4%).

No trimestre anterior, tinha sido registada uma redução do número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador em todas as atividades, com exceção dos serviços.

O próximo Índice do Custo do Trabalho, referente ao último trimestre do ano, será publicado em 10 de fevereiro de 2023.
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