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Cushman & Wakefield diz ser "obrigatório" reinventar modelos no imobiliário de retalho

A consolidação do mercado português de centros comerciais, que está actualmente a atravessar um período em que vários projectos foram cancelados ou adiados, leva a consultora Cushman & Wakefield a apontar no relatório Marketbeat, hoje divulgado, que é "obrigatório que todos os intervenientes reinventem os seus modelos de negócio".

22 de Setembro de 2009 às 13:21
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A consolidação do mercado português de centros comerciais, que está actualmente a atravessar um período em que vários projectos foram cancelados ou adiados, leva a consultora Cushman & Wakefield a apontar no relatório Marketbeat, hoje divulgado, que é “obrigatório que todos os intervenientes reinventem os seus modelos de negócio”.

A empresa cita casos de reposicionamento de centros comerciais como o Spacio, Amoreiras Shopping Center, Braga Parque e Colombo, assim como o Galeria Península, no Porto. “O lançamento da nova imagem aconteceu já este mês de Setembro, após a conclusão das obras de remodelação que deram lugar ao renovado Península Boutique Center”, lembra a Cushman & Wakefield.

“A crise não vai parar o sector e novas oportunidades surgirão, quer pela via da expansão de projectos consolidados, quer pelo reposicionamento de centros existentes, ou mesmo pelo desenvolvimento de novos projectos. Nesta última situação reside o maior desafio, uma vez que não são muitas as oportunidades que ainda restam. É preciso inovar no conceito, arquitectura e design, tenant-mix [composição da oferta de lojas com diferentes conceitos] e gestão, surpreendendo um público exigente e habituado a produtos de muita qualidade”, refere a consultora no Marketbeat Outono 2009.

No relatório, que é divulgado duas vezes por ano, a consultora imobiliária nota que no mercado de retalho (centros comerciais, ‘retail parks’, comércio de rua, entre outros formatos) as rendas ‘prime’ (as praticadas nas localizações de topo) têm conseguido resistir a uma quebra que se verifica em muitos empreendimentos onde os lojistas estão a conseguir pagar um pouco menos para ocupar o espaço.

“A estabilidade tem marcado a evolução dos valores prime do mercado reflectindo o aumento da procura. No entanto, este comportamento das rendas prime constitui a excepção à regra, já que em geral se tem assistido a uma quebra dos valores médios de renda”, analisa a Cushman & Wakefield no Marketbeat Outono 2009.

Na apresentação do relatório feita hoje, a directora de ‘research’ da consultora imobiliária, Marta Leote, sublinhou que “muitos conjuntos comerciais estão a ter um desempenho menos satisfatório do que esperavam”.

De acordo com a Cushman & Wakefield, as rendas ‘prime’ de retalho situavam-se em Junho em 75 euros mensais por metro quadrado nos centros comerciais, 80 euros no comércio de rua de Lisboa (a referência é o Chiado), 45 euros no comércio de rua no Porto e 10 euros nos ‘retail parks’.

No primeiro semestre Portugal ganhou sete novos empreendimentos, que trouxeram mais 200 mil metros quadrados ao mercado retalhista, ou seja, um aumento de 7% à já saturada (dizem as consultoras imobiliárias em geral) superfície comercial portuguesa.

Marta Leote referiu que “muitos projectos da oferta futura ainda estão no papel”. Do ‘pipeline’ de 1,2 milhões de metros quadrados previstos para 2009 a 2012 (e há dois anos chegaram a ser 2,5 milhões de metros quadrados) apenas 400 mil metros quadrados estão em construção, o que levanta dúvidas sobre a execução dos restantes projectos.

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