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CTT dizem que três estações encerraram e que adesão foi de 20%

Três estações de correios encerradas e algum atraso na distribuição do correio normal são as consequências da greve que os trabalhadores dos CTT realizam hoje, segundo a administração da empresa.

27 de Dezembro de 2006 às 12:55
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Três estações de correios encerradas e algum atraso na distribuição do correio normal são as consequências da greve que os trabalhadores dos CTT realizam hoje, segundo a administração da empresa.

Com números de adesão que diferem dos anunciados pelos sindicatos (68%), o director de Recursos Humanos dos CTT - Correios de Portugal, António Marques, disse à agência Lusa que apenas 20% dos trabalhadores da empresa paralisaram hoje, um número que no caso das estações baixa para 5,5%.

Segundo disse, apenas as estações de correios de Benfica do Ribatejo e Pontével (ambas no distrito de Santarém) e a de Viana do Alentejo (distrito de Évora) estão encerradas, sublinhando que, num universo de 3.000 funcionários desta área, apenas 175 aderiram à greve.

Contudo, Vítor Narciso, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, disse à Lusa que muitas estações estão abertas apenas com a presença de um funcionário e porque "o Conselho Económico e Social fez um acórdão que obriga à prestação de serviços mínimos".

Segundo disse, os dados recolhidos nos distritos de Lisboa e Porto (ainda parcialmente) e no de Aveiro apontam para uma adesão da ordem dos 45% nas estações dos correios, o que classificou de "muito bom, tendo em conta o acórdão".

António Marques afirmou que a adesão à greve de hoje se situa em valores "substancialmente inferiores" aos registados nas greves anteriores (28,4%), assegurando que, no global, são da ordem dos 20% e que a empresa espera ter as entregas de correio normalizadas no final da semana.

Os trabalhadores dos CTT iniciaram hoje uma série de greves, sendo que esta primeira paralisação abrange a generalidade dos serviços da empresa, como tratamento, transportes, distribuição e atendimento.

Para quinta e sexta-feira estão agendadas greves parciais nos três turnos nas Centrais de Tratamento de Correspondência de Lisboa, Vila Nova de Gaia e Coimbra, a exemplo do que aconteceu na semana de 20 a 24 de Novembro.

António Marques afirmou que, para minimizar os efeitos desta nova paralisação, a empresa voltou a accionar os planos de contingência, dando prioridade à distribuição do correio social e prioritário e aos registos.

Por outro lado, frisou a "novidade" que constituiu o facto de os centros de tratamento terem funcionado nos dias 23 e 26 de Dezembro, num esforço para permitir que o correio estivesse disponível para distribuição.

Segundo disse, a administração não tem ainda contabilizados os números da adesão à greve entre os carteiros, que são quase 7.000 em todo o país.

O director de Recursos Humanos reafirmou o entendimento da administração de que não existe nenhuma razão objectiva para a greve, uma vez que "não há nenhum posto de trabalho nem nenhum benefício (incluindo o plano de saúde, considerado o melhor do país) em causa".

As acções de protesto convocadas pelos sindicatos, que incluíram uma greve geral no passado dia 04, visam contestar a alegada transferência de trabalho para uma outra empresa, a Mailtec, o que, alegam, coloca em risco cerca de 400 postos de trabalho.

A empresa não reconhece igualmente razão à contestação do agenciamento das estações, alegando que esta é uma prática que tem alguns anos e que tem contribuído para melhorar o serviço às populações, permitindo nomeadamente o alargamento do horário e mantendo os postos de trabalho.

Sobre a identificação dos 30 elementos que se encontravam de piquete à greve na madrugada de hoje à entrada do Centro de Tratamento de Cabo Ruivo, em Lisboa, António Marques afirmou que visou pôr cobro a uma "atitude abusiva" que estava a pôr em causa o direito ao trabalho dos não grevistas.

"A empresa respeita o direito à greve, mas também defende o direito ao trabalho de quem não adere à greve", disse.

Segundo disse, os camiões privados que o sindicato alegou querer impedir de entrar e sair pertencem a empresas "que há muito prestam serviços aos CTT".

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