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Crise do “subprime” afasta co-presidente do Barclays Capital
O co-presidente do Barclays Capital, Grant Kvalheim, demitiu-se, deixando Jerry del Missier como único presidente, dois meses depois de a casa de investimento ter anunciado que iria amortizar activos relacionados com o "subprime" no valor de 1,76 mil milh
O co-presidente do Barclays Capital, Grant Kvalheim, demitiu-se, deixando Jerry del Missier como único presidente, dois meses depois de a casa de investimento ter anunciado que iria amortizar activos relacionados com o "subprime" no valor de 1,76 mil milhões de euros.
O Barclays Capital, braço do Barclays especializado na banca de investimento, transferiu a responsabilidade do crédito de Kvalheim para del Missier em Setembro último. Kvalheim, com 51 anos, ficou encarregue das áreas de "investment banking" emissão de empréstimos obrigacionistas. O Barclays Capital, gerido pelo presidente do Barclays, Robert Diamond, gerou mais de um terço dos lucros antes de impostos do banco no ano passado.
Kvalheim saiu hoje da empresa, segundo as informações dadas à Bloomberg por um porta-voz, que não quis ser identificado.
As cotações do Barclays estão a ceder 0,1%, para 471,5 pence, na Bolsa de Londres. Segundo declarações à Bloomberg de um analista da MF Global Securities, Simon Maughan, "del Missier sempre foi percepcionado como o braço direito de Bob Diamond, por isso o mercado está tranquilo".
O Barclays tem aumentado os seus lucros todos os anos desde 2003. O resultado líquido aumentou 33% em 2006 e o banco espera que 2007 possa ter acompanhado os ganhos do ano precedente.
A crise do mercado hipotecário de alto risco tem feito bastantes vítimas entre os "grandes" da banca norte-americana. Hoje de manhã, o "The Wall Street Journal" e a Bloomberg referiam que James Cayne, CEO da Bear Stearns - quinto maior banco de investimentos dos Estados Unidos - se preparava para abandonar funções
Por outro lado, o Canadian Imperial Bank of Commerce, cujos títulos foram os que tiveram pior desempenho no grupo da banca em 2007, anunciou ontem a demissão do seu banqueiro de topo e o responsável pelo departamento de risco, depois de anunciar a amortização de activos no valor de três mil milhões de dólares, um valor muito mais elevado do que os divulgados por qualquer outra entidade de concessão de crédito no Canadá.
Brian Shaw, CEO do departamento de mercados mundiais do CIBC, será substituído pelo VEO do TSX Group, Richard Nesbitt, anunciou o banco em comunicado citado pela Bloomberg. Por outro lado, o CFO Tom Woods substituirá Ken Kilgour como responsável pelo departamento de risco daquele que é o quinto maior banco canadiano.
Shaw e Kilgour juntaram-se assim a outros executivos da banca que perderam os seus empregos nos últimos tempos, depois de terem investido em títulos ligados ao mercado norte-americano do "subprime". O CEO do Citigroup, Charles O. Prince, demitiu-se a 4 de Novembro, quando a casa de investimento anunciou que poderia ter de amortizar activos entre oito e 11 mil milhões de dólares. O CEO da Merril Lynch, Stan O’Neal, deixou o cargo a 30 de Outubro, depois de uma amortização de activos no valor de 8,4 mil milhões de dólares. Os números dois da Morgan Stanley e da Bear Stearns também foram afastados.