A crise directiva derivada das demissões dos presidentes da Sporting SAD e do Sporting Clube de Portugal (SCP), Luís Duque e José Roquette (na foto), respectivamente, veio provocar uma quebra de 3,22% nas acções da Sporting SAD.

A crise na direcção leonina instalou-se ontem, quando Luís Duque anunciou a sua saída da presidência do conselho de administração da SAD do Sporting, que se prende com facto da «intromissão permanente» no trabalho da SAD.

Luís Duque assumiu os cargos de presidente da SAD e vice- presidente do clube na sequência da crise instalada no Sporting após a quarta jornada da I Liga da época passada, que levou à demissão do técnico italiano Giuseppe Materazzi e dos corpos sociais do Sporting.

José Roquette tomou também a decisão «irrevogável» de se demitir do cargo de presidente do SCP. Estas duas demissões surgem justamente em cima das novas contratações e a anteceder a apresentação do plantel e o início da pré-época. Duque afirmou que assegura a liderança da SAD no período de negociações da pré-época.

Segundo um operador contactado pelo Canal de Negócios, «como a emissão destas acções é reduzida, as acções da Sporting SAD deverão estar nas mãos de dois ou três accionistas. Embora as notícias vindas a público possam assustar alguns investidores, não terão muito impacto no comportamento dos títulos».

A 15 de Maio, poucos dias depois do SCP ter ganho o campeonato nacional de futebol, as acções da Sporting SAD atingiram o máximo histórico nos 8,15 euros (1.633 escudos).

Às 13h23, as acções da Sporting SAD cotavam nos 5,41 euros (1.084 escudos) a descer 3,22% com 3.347 acções negociadas.