Notícia
Criadora Fátima Lopes aposta em mercados fora da Europa
A comemorar 20 anos de carreira como criadora de moda, a portuguesa Fátima Lopes começa a dar os primeiros passos em mercados emergentes fora da Europa e no "mundo gigante" da perfumaria e cosmética.
"Em termos de mercados estou a apostar muito nos mercados alternativos, em crescimento, como por exemplo o Médio Oriente. Esta coleção [para o próximo inverno] acabou de chegar da Turquia, onde esteve num 'showroom'. Ainda não tenho noção das vendas, mas estou a apostar nos mercados fora da Europa, porque a Europa no geral não está bem", contou a madeirense em entrevista à agência Lusa.
Fátima Lopes tem três lojas em nome próprio, duas em Lisboa e uma no Funchal, cidade onde nasceu há 48 anos, onde é possível encontrar-se moda feminina, masculina e acessórios, artigos de casa (porcelana, cutelaria, cristais, tapeçarias, azulejos, têxteis-lar), joalharia e uma coleção de canetas.
Além disso, a criadora tem peças da marca com o seu nome à venda em lojas multimarcas em Portugal e no estrangeiro.
Este mês, deu os primeiros passos no "mundo gigante da perfumaria e cosmética", o seu "grande objetivo atual e para o futuro", em termos de diversificação de produto.
"Acabei de fazer talvez o passo mais importante da minha carreira, que era um sonho muito antigo: lançar um perfume", afirmou, lembrando que, hoje em dia, "todos os criadores de moda no mundo inteiro vivem um bocadinho" desta área.
O lançamento foi feito durante a semana da moda de pronto-a-vestir de Paris, França, onde a madeirense apresenta coleções há 14 anos.
'Be Mine', um nome em inglês, "a linguagem internacional", é o primeiro perfume de uma marca portuguesa, com "um nome o mais português possível [Fátima Lopes], mas com o cunho da alta perfumaria francesa, feito por uma das mais importantes empresas de perfumaria do mundo".
No entanto, a criadora salientou que na sua marca "tudo pode e deve assumidamente ser português". "Sempre fiz muita questão que o meu nome aparecesse escrito com S, apesar de dizerem Lopez", disse.
Mas, acrescentou, um perfume "tem que ser francês", porque "tem esta faculdade de ser 'fácil', porque é possível internacionalizar em grande escala".