Notícia
Crédit Agricole pode "pagar" mais 700 milhões para sair da Grécia
O Crédito Agricole (CA) poderá ter que injectar mais 600 a 700 milhões de euros no seu banco grego para o conseguir "vender" a um dos grupos financeiros do país. O negócio pode ficar decidido esta semana. Até ao final de Junho, a operação do CA na Grécia registou perdas de mais de 5,7 mil milhões.
24 de Setembro de 2012 às 10:46
O Banco Central da Grécia está a obrigar o Crédit Agricole, segundo maior accionista do BES, a injectar mais 600 a 700 milhões de euros no Emporiki, o banco grego que o grupo francês adquiriu em 2006. A exigência faz parte das condições que o supervisor está a impor aos franceses, no âmbito das negociações para a venda do banco a um grupo grego, escreve o "The Wall Street Journal".
De acordo com o jornal norte-americano, o Crédit Agricole (CA) está a estudar três ofertas de compra do Emporiki. Eurobank Ergasias, National Bank of Greece e Alpha Bank estão disponíveis para ficar com o banco do CA pelo valor simbólico de um euro. Os franceses poderão tomar uma decisão sobre a quem entregar a operação grega ainda esta semana.
Os 600 a 700 milhões que as autoridades estão a exigir ao Crédit Agricole destinam-se a fazer face às perdas esperadas na carteira de crédito do Emporiki nos próximos três anos. Recorde-se que, em Julho os franceses já injectaram 2,3 mil milhões no banco grego, para reforçar os rácios de solvabilidade da instituição que, desde 2008, registou perdas acumuladas de 5,7 mil milhões.
Além do aumento das injecções de capital, para conseguir sair do mercado grego, o CA terá ainda de se comprometer a manter, nos próximos três anos, a linha de crédito que tem com o Emporiki e que ainda apresenta uma folga de 1,9 mil milhões de euros para ser usada (valor que poderá ser reduzido), escreve o "The Wall Street Journal". Como contrapartida, os bancos gregos estão disponíveis para darem como colateral parte das suas carteiras de crédito no sul da Europa de leste.
Uma das fontes dos sectores público e privado contactadas pelo diário norte-americano garantem que a qualidade do colateral dado para esta assistência de liquidez e a rapidez na execução da absorção do Emproiki serão os critérios de escolha do "comprador".
Além do CA, também o banco francês Société Générale está a negociar com um grupo grego, o Piraeus Bank, para a venda do seu banco na Grécia, o Geniki. Uma operação que poderá ficar fechada também esta semana.
BCP já admitiu vender operação grega
O BCP, que tem um banco na Grécia, também já admitiu oficialmente poder vender o Millennium Bank, designadamente participando num processo de consolidação do sistema financeiro helénico.
Outra das alternativas admitidas pela a instituição liderada por Nuno Amado implica o recurso aos mecanismos do estado grego para apoio à banca a operar no país.
À semelhança do que fez o Crédit Agricole, no final de Junho o BCP constituiu uma imparidade de 450 milhões de euros para fazer face a perdas futuras no seu banco grego.
De acordo com o jornal norte-americano, o Crédit Agricole (CA) está a estudar três ofertas de compra do Emporiki. Eurobank Ergasias, National Bank of Greece e Alpha Bank estão disponíveis para ficar com o banco do CA pelo valor simbólico de um euro. Os franceses poderão tomar uma decisão sobre a quem entregar a operação grega ainda esta semana.
Além do aumento das injecções de capital, para conseguir sair do mercado grego, o CA terá ainda de se comprometer a manter, nos próximos três anos, a linha de crédito que tem com o Emporiki e que ainda apresenta uma folga de 1,9 mil milhões de euros para ser usada (valor que poderá ser reduzido), escreve o "The Wall Street Journal". Como contrapartida, os bancos gregos estão disponíveis para darem como colateral parte das suas carteiras de crédito no sul da Europa de leste.
Uma das fontes dos sectores público e privado contactadas pelo diário norte-americano garantem que a qualidade do colateral dado para esta assistência de liquidez e a rapidez na execução da absorção do Emproiki serão os critérios de escolha do "comprador".
Além do CA, também o banco francês Société Générale está a negociar com um grupo grego, o Piraeus Bank, para a venda do seu banco na Grécia, o Geniki. Uma operação que poderá ficar fechada também esta semana.
BCP já admitiu vender operação grega
O BCP, que tem um banco na Grécia, também já admitiu oficialmente poder vender o Millennium Bank, designadamente participando num processo de consolidação do sistema financeiro helénico.
Outra das alternativas admitidas pela a instituição liderada por Nuno Amado implica o recurso aos mecanismos do estado grego para apoio à banca a operar no país.
À semelhança do que fez o Crédit Agricole, no final de Junho o BCP constituiu uma imparidade de 450 milhões de euros para fazer face a perdas futuras no seu banco grego.