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Conteúdos “online” vão gerar receitas de 8,3 mil milhões em 2010

A Comissão Europeia divulgou hoje um estudo que prevê um crescimento superior a 400% dos conteúdos criativos "on-line" até 2010, apoiando-se nestes resultados para sublinhar a "oportunidade única" que este mercado constitui para a Europa.

25 de Janeiro de 2007 às 15:26
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A Comissão Europeia divulgou hoje um estudo que prevê um crescimento superior a 400% dos conteúdos criativos "on-line" até 2010, apoiando-se nestes resultados para sublinhar a "oportunidade única" que este mercado constitui para a Europa.

Segundo o estudo, em 2010 as receitas provenientes dos conteúdos "em linha" alcançarão na Europa 8,3 mil milhões de euros - o que representa um aumento superior a 400 por cento em cinco anos -, e nos sectores mais avançados os conteúdos "on-line" representarão "uma parte significativa" das receitas totais, designadamente 20% no caso da música e 33% nos jogos de vídeo.

O executivo comunitário sublinha que o estudo sobre "conteúdos interactivos e convergência" demonstra que, graças à expansão da banda larga, à implantação das redes móveis avançadas e à adopção generalizada dos dispositivos digitais, a distribuição de conteúdos em linha "está a tornar-se um mercado de massas, factor que gera oportunidades únicas para a Europa".

Dados de 2005 revelam que a taxa de penetração das "tecnologias essenciais" na União Europeia está em constante crescendo, designadamente a nível de computadores por lar, acesso à Internet e ligação por banda larga, surgindo Portugal em todos os indicadores atrás da média europeia.

Num comentário aos resultados do estudo, a comissária com a pasta da Sociedade de Informação e Media, Viviane Reding, advertiu que "para aproveitar as oportunidades" proporcionadas por este mercado em expansão, "poderá ser necessário reconsiderar as questões técnicas e jurídicas e seguir uma abordagem modernizada e orientada para o mercado interno a fim de dar um valor acrescentado aos conteúdos europeus".

Segundo a Comissão, o estudo revela que, "embora o mercado esteja a crescer a um ritmo constante, é preciso dar resposta a uma série de desafios tecnológicos, económicos e jurídicos (sobretudo no que se refere aos direitos de propriedade intelectual e à interoperabilidade) para que o mercado europeu possa expandir-se ainda mais rapidamente".

Bruxelas lembra que a Europa está mais atrasada do que os Estados Unidos no domínio do desenvolvimento dos serviços fixos interactivos de banda larga, e do que o Japão e a Coreia do Sul no domínio dos serviços móveis.

A conectividade é um dos obstáculos para o desenvolvimento dos conteúdos "online", apontando Bruxelas que, embora a banda larga continue a expandir-se rapidamente e os consumidores a acolham com entusiasmo, "continua a correr-se o risco de as grandes diferenças entre os Estados-Membros da União Europeia persistirem".

No caso dos serviços móveis, aponta o executivo, "os obstáculos incluem a lenta implantação dos serviços 3G na Europa e uma certa falta de clareza dos preços e das estruturas tarifárias para a comunicação de dados".

Portugal encontra-se aquém da média europeia na taxa de penetração das tecnologias essenciais, com uma taxa de 49% de computadores por lar (contra 59,9 da média comunitária), de 34,1% de acesso à "Internet" por família (contra 46,7 na UE) e de 11,5% de ligação à banda larga per capita (12,6% na UE).

As estimativas para 2010 continuam a colocar Portugal atrás da média comunitária, com uma taxa de penetração de computadores por lar de 66,4% (contra 74,7 da UE), de acesso à Internet de 53,9% (64,2%) e de banda larga de 19,5% (25,2 na União).

A Comissão Europeia conta apresentar no segundo semestre deste ano um pacote de medidas sobre "Conteúdos em linha no mercado único europeu".

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