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Consórcio Ventiveste prevê exportar 3.600 milhões

O consórcio Ventiveste, liderado pela Galp Energia, prevê atingir um volume de exportações global de 3.600 milhões de euros com a componente industrial de produção de equipamentos para energia eólica no período de actividade do projecto hoje apresentado,

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O consórcio Ventiveste, liderado pela Galp Energia, prevê atingir um volume de exportações global de 3.600 milhões de euros com a componente industrial de produção de equipamentos para energia eólica no período de actividade do projecto hoje apresentado, que é de 17 anos.

A Ventiveste, que entregou hoje uma proposta para o concurso de atribuição de potência eólica, prevê exportar 60% da produção industrial, contando para tal com os parques eólicos que estão já a ser desenvolvidos por alguns dos seus parceiros, designadamente Enersis e Martifer, fora de Portugal e que vão ser abastecidos a partir das novas unidades nacionais, foi hoje revelado em conferência de imprensa.

A componente exportadora é ainda reforçada pelo facto da Repower, o grupo alemão que é o responsável pela tecnologia, ir instalar em Portugal a sua primeira unidade de pás para energia eólica que vai abastecer toda a Europa.

O consórcio propõe criar 23 unidades industriais localizadas em zonas classificadas pelo Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos (PRASD) envolvendo um investimento industrial de 80 milhões de euros, dos quais 25 milhões são investimento directo e o resto é indirecto. As unidades estão previstas para os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Porto, Santarém e Viseu.

O "cluster" industrial vai permitir um valor acrescentado bruto de 100 milhões de euros no ano em que velocidade de cruzeiro é atingida. As 23 unidades terão uma capacidade de produção anual de 80 aerogeradores e de 267 conjuntos de pás por ano. Está prevista a criação de 1250 postos de trabalho, dos quais 650 directos. Cerca de 64% serão empregos especializados.

A proposta propõe um investimento global de 1.035 milhões de euros, dos quais a fatia de leão, 920 milhões de euros, se destinam ao desenvolvimento da componente eólica através da construção de nove parques. O objectivo do consórcio é ganhar o primeiro lote a concurso de 800 MW de potência com um prémio de mais 200 MW previsto em caso de elevada pontuação desta proposta.

Investimento de 450 milhões na segunda fase

Caso não ganhe a primeira volta, a Ventiveste tem já preparada a proposta para o segundo lote a concurso que é de 400 MW de potência. O investimento proposto para esta segunda fase baixa para 450 milhões de euros, estando prevista a instalação de 13 unidades industriais.

Com um período médio de construção entre 2,5 e três anos, o presidente executivo da Galp Energia, Marques Gonçalves referiu que o ideal é que a decisão sobre a primeira fase fosse tomada no primeiro semestre. O consórcio prevê instalar o primeiro parque a partir de 2008 e concluir o último em 2013.

A Ventiveste é composta pela Galp Power fcom 34%, pela Martifer (Mota Engil) com 31%, pela Enersis com 30%. A Efacec, líder nacional de equipamentos eléctricos e electromecânicos tem 2%. A Repower, a Repower System e a fábrica de pás Power Blades, cada uma com 1%. Esta composição accionista tem de ser mantida, pelas regras do concurso, até 2013.

Hoje, às 17 horas, termina o prazo para a entrega de propostas à primeira fase do concurso de atribuição de potência para a energia eólica.

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