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Consórcio MSF/Lena/Somague quer mais três concessões na Bulgária
O consórcio formado pela MSF, Construtora do Lena e Somague pretende concorrer a mais três concessões de auto-estradas na Bulgária – A3, a A4 e A6 – depois de ter garantido o contrato para a gestão e exploração da “Trakia Motorway”.
O consórcio formado pela MSF, Construtora do Lena e Somague pretende concorrer a mais três concessões de auto-estradas na Bulgária – A3, a A4 e A6 – depois de ter garantido o contrato para a gestão e exploração da "Trakia Motorway".
Em declarações à Lusa, Carlos Pompeu Fortunato, presidente da MSF SA, líder do consórcio que garantiu a construção e gestão numa extensão de 455 quilómetros e com um investimento calculado em cerca de 750 milhões de euros, adiantou que "não estão a ser preparadas propostas" para estas auto-estradas, mas sublinhou que "se o governo [búlgaro] lançar um concurso, teremos de reagir".
Estas concessões deverão ser lançadas em breve pelo Governo búlgaro e só falta saber se serão concedidas em regime de ajuste directo ou através do lançamento de concursos públicos internacionais.
A A2, segunda maior auto-estrada, está fora das perspectivas do consórcio liderado pela MSF, uma vez que, segundo Carlos Pompeu Fortunato, esta concessão está já a ser negociada directamente entre o governo búlgaro e um consórcio construtor italiano.
A concessão garantida pela MSF (21% do consórcio), Construtora do Lena (15%) e Somague (15%) – em conjunto com outras duas empresas estatais búlgaras, a Automagistraly (25%) e a Technoexportstroy (24%) – liga a fronteira da Bulgária com a Sérvia (em Kalotina) ao Mar Negro (porto de Burgas), passando por Sofia, capital búlgara, e pela segunda maior cidade da Bulgária, Plovdiv.
O contrato da Trakia Motorway foi formalmente assinado em Sofia na passada terça-feira, concluindo um processo de negociações directas entre o consórcio liderado pela MSF e o Governo búlgaro, mas gerou grande polémica pelo facto de não ter sido alvo de concurso público internacional.
As suspeitas levantadas pela oposição búlgara levaram à criação de uma comissão parlamentar de inquérito que, contudo, não chegou a qualquer evidência conclusiva. No entanto, diversas forças políticas prometem levar o caso até Bruxelas, com uma queixa para a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia.