O projecto industrial do consórcio Novas Energias Ibéricas, constituído pela Gamesa e a a Iberdrola, o qual passa pela construção de cinco fábricas de aerogeradores em Portugal é para manter, independentemente dos resultados que este agrupamento vier a obter no concurso lançado pelo Governo para a atribuição de potência eólica.

Esta garantia foi dada por Guillermo Ulacia, administrador-delegado da Gamesa. «A carteira de encomendas é superior à nossa capacidade de entrega» e, por isso, existem pedidos «que garantem o funcionamento das unidades», sublinhou este responsável durante a conferência de imprensa destinada a apresentar o consórcio Novas Energias Ibéricas, que vai construir as suas unidades industriais nas cidades da Guarda e de Paços Ferreira, durante os próximos dois anos.

Este projecto tem também como sócios as empresas portuguesas Visabeira, MECI, Galucho e Alberto Mesquita.

Tanto a Iberdrola como a Gamesa recusaram-se a divulgar o valor do investimento nestas fábricas, tendo Fernando Pacheco, presidente da Novas Energias Ibéricas adiantado apenas que o mesmo atingirá «dezenas de milhões de euros».

Sobre o concurso para a atribuição de licenças eólicas, Fernando Pacheco sublinhou que o trabalho do consórcio «está planeado e programado» e que o mesmo irá entregar as propostas até final do mês, tal como está previsto no concurso, esclarecendo que a Novas Energias Ibéricas «não vai pedir o adiamento dos prazos» fixados pelo Governo.

Quanto ao projecto industrial, as novas instalações do consórcio irão ocupar uma área até 100 mil metros quadrados, estando preparadas para fabricar anualmente mais de 100 máquinas, que somaram uma potência de 300 MW. A carteira de encomendas da Nova Energias Ibéricas, metade das quais se destinam à exportação, assegurará o pleno funcionamento das fábricas nos próximos dois anos.