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Consórcio da EDP quer investir 1,51 mil milhões de euros nas eólicas (act)

O consórcio Eólicas de Portugal, liderado pela EDP, quer realizar um investimento de 1,51 mil milhões de euros entre 2006 e 2011, para criar um «cluster» eólico em Portugal, no âmbito do concurso lançado Governo há um ano e cujo resultado deverá ser apres

04 de Julho de 2006 às 13:46
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O consórcio Eólicas de Portugal, liderado pela EDP, quer realizar um investimento de 1,51 mil milhões de euros entre 2006 e 2011, para criar um «cluster» eólico em Portugal, no âmbito do concurso lançado Governo há um ano e cujo resultado deverá ser apresentado aos concorrentes ainda esta semana.

O agrupamento garante que vai  criar 1.800 postos de trabalho directos e indirectos, no caso de ganhar a corrida.

Do valor total, cerca de 225 milhões de euros vão ser canalizados para o projecto industrial. A proposta prevê a construção de três unidades industriais de raiz, uma fábrica de fibra de vidro da Saertex (Viana do Castelo), fábrica de secções metálicas para torres de betão (Sever do Vouga), fábrica de armaduras de ferro (Braga).

Além disso, serão reforçadas as capacidades produtivas das fábricas de transformadores da Siemens (Sabugo), fábrica de quadros e celas de média tensão da Siemens (Corroios), fábricas de equipamento e instalações eléctricas de várias empresas e unidades de transporte e gruas.

«Só depois de ser conhecido o resultado do concurso, e no caso de perdermos, é que a Enercon vai decidir se investe ou não em Portugal», respondeu o presidente do consórcio, Abinal Fernandes aos jornalistas em conferência de imprensa.

O projecto industrial das Eólicas de Portugal contempla a criação de um «cluster» constituído por 29 empresas, que vão fornecer todos os bens e serviços necessários para a produção e instalação de parques eólicos chave-na-mão.

A Eólicas de Portugal prevê que mais de 70% da produção total seja para exportação a partir de 2001. «Até lá não sabemos quanto, dado que ainda não temos resposta para muitas variáveis que condicionam este valor», afirma Anibal Fernandes. Por ano, serão fabricados entre 180 e 200 aerogeradores.

Na vertente eólica, em que será investido o restante do capital, o consórcio quer instalar 48 parques eólicos, numa média de 20 a 25 MW por parque, num cenário de atribuição de 1.000 MW.

Iberdrola está a fazer «chincalha política»

Este agrupamento, ao contrário de outros concorrentes, decidiu apresentar proposta apenas à fase A do concurso do Governo, para a atribuição de 1.000 MW. «Este é um projecto de dimensão e a outra fase não era interessante em termos de retorno do investimento», justifica o responsável.

A Enercon, que é o parceiro tecnológico e é apontada como a terceira maior empresa do sector, vai ser a principal accionista do agrupamento até 2009, com 51% do capital, passando nessa altura para 10,1%.

O remanescente do capital está nas mãos dos promotores eólicos, em que, nos dois períodos, a EDP detém a maior fatia com 40%. A Finerge, Generg e TP vão ter cada uma 20% do capital.

A Enercon, no caso de vencer o concurso, compromete-se a transferir para Portugal conhecimento nas vertentes da investigação, projecto, fabrico, montagem e assistência técnica dos aerogeradores. A par disso, o construtor promete a instalação de um centro de formação profissional em Viana do Castelo, para formação contínua dos colaboradores.

Sobre a decisão do consórcio concorrente liderado pela Iberdrola estar já a recrutar colaboradores, mesmo sem saber o resultado do concurso, Anibal Fernandes diz que «é chincalha política e uma pressão imoral sobre os desempregados do país».

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