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Concorrência afecta resultados semestrais do Banif

No final do primeiro semestre, o Banco Internacional do Funchal (Banif), apresentou um resultado líquido de 3,85 milhões de euros (771 mil contos), um decréscimo de 25,9% face aos 5,19 milhões de...

30 de Setembro de 1999 às 15:19
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No final do primeiro semestre, o Banco Internacional do Funchal (Banif), apresentou um resultado líquido de 3,85 milhões de euros (771 mil contos), um decréscimo de 25,9% face aos 5,19 milhões de euros (1,04 milhões de contos) do primeiro semestre de 1998. Por sua vez os lucros consolidados do Grupo Banif alcançaram um resultado de 6,48 milhões de euros (1,3 milhões de contos), traduzindo uma queda de 39,2%.

No relatório e contas do primeiro semestre a instituição financeira liderada por Horácio Roque, explica que esta performance fica a dever-se, à elevada concorrência ao nível do sistema bancário nacional «que vem impondo um sucessivo encurtamento das margens de intermediação financeira, aliada à preocupação da gestão em reduzir o nível médio de risco da carteira de crédito», uma vez que o nível de provisões para riscos de crédito desceu de 81,4% para 69,3% do total do crédito vencido. Para além de que o aumento de 16,9% do crédito concedido não foi suficiente para compensar a redução de 1,07% nas margens de intermediação.

A crise na América Latina e na Rússia, os sinais de recuperação do Japão, as tensões inflacionistas nos Estados Unidos, a desvalorização do euro e as pressões do Banco Central Europeu no sentido de uma redução das taxas de juro, são outros aspectos que explicam esta conjuntura. Em especial, ao nível da prestação de serviços de intermediação de valores mobiliários, que registou uma redução de 45% no volume de operações de bolsa, representando uma redução nos lucros de 31,5%, apesar do aumento de 8,9% do valor dos títulos sob custódia. Face a esta «conjuntura bastante desfavorável», a ASCOR Dealer a sociedade financeira de corretagem do grupo, obteve um resultado líquido de 314 mil euros (62,9 mil contos), o que reflecte um decréscimo de 69,2%, em relação aos lucros de 1,02 milhões de euros (204,8 mil contos) do semestre homólogo de 1998.

No entanto, a queda da rendibilidade da instituição financeira foi compensada «pelo menor volume de dotações para provisões neste semestre, menos 15,9% e por uma maior eficiência fiscal, que permitiu que a carga fiscal se reduzisse de 20,5% para apenas 2,9%» explica o grupo no mesmo relatório e contas. Os principais proveitos da instituição financeira «provêm dos proveitos líquidos com serviços bancários» que ascenderam a 11,04 milhões de euros (2,214 milhões de contos), um aumento de 14,2%.

Recorde-se que no final do ano passado o Banif procedeu a um aumento de capital de 28,2% para os 226,45 milhões de euros (45,4 milhões de contos), o que aliado ao crescimento da actividade do banco permitiu um aumento do rácio de solvabilidade de 10,7% para 11,8%.

Entre o final do segundo semestre de 1998 e o final do primeiro semestre de 1999, deve realçar-se o aumento de capital do Banco Comercial Açores (BCA), a aquisição da seguradora Açoreana e o processo de integração da Oceânica – Companhia de seguros, cuja «escritura por incorporação será realizado em Setembro». Individualmente, o BCA terminou o primeiro semestre com um lucro de 2,04 milhões de euros (409,7 mil contos), um aumento de 47% e a Companhia de seguros Açoreana, registou um lucro de 953 mil euros (191 mil contos) traduzindo um aumento nos lucros de 11,4%, em relação ao primeiro semestre de 1998. No que se refere à Mundileasing, os lucros aumentaram 96%, alcançando os 1,1 milhões de euros (220 mil contos) e a Mundicre apresentou um lucro de 1,12 milhões de euros (224 mil contos), um aumento de 4%.

Às 14 horas, o Banif cotava-se nos 7,25 euros (1.453 escudos), o que reflecte uma desvalorização de 0,41%.

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