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Compra da Socitrel pela F. Ramada sem oposição da Concorrência

No final de Setembro, a F. Ramada Investimentos tinha anunciado a compra de 99% da Socitrel – Sociedade Industrial de Trefilaria, uma operação que estava dependente da não oposição da Autoridade da Concorrência. A Concorrência não se opôs.

15 de Dezembro de 2017 às 17:21
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A Autoridade da Concorrência não se opôs à compra de 99% da Socitrel por parte da F. Ramada Investimentos, informou esta última o mercado através de um comunicado divulgado pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliário (CMVM). Esta operação tinha sido anunciada no final de Setembro e estava dependente da não oposição por parte da Autoridade da Concorrência.

"Na sequência do seu comunicado de 29 de Setembro de 2017, no qual informou que tinha chegado a acordo para obter o controlo por via indirecta de 99% do capital social da sociedade SOCITREL – Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A., a F. RAMADA - INVESTIMENTOS, SGPS, S.A. informa, nos termos e para os efeitos previstos no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, que a Autoridade da Concorrência não se opôs à referida transacção", pode ler-se no comunicado. O documento refere ainda que "nos termos previstos no acordo celebrado, a concretização da transacção ocorrerá até ao dia 31 de Dezembro de 2017".

Já no site da Concorrência, numa publicação feita esta quinta-feira, a autoridade adianta que adoptou "uma decisão de inaplicabilidade (...) uma vez que a presente operação de concentração não se encontra abrangida pela obrigação de notificação prévia (...)".

No final de Setembro, a F. Ramada Investimentos comunicou ao mercado a compra de 99% da Socitrel – Sociedade Industrial de Trefilaria. Esta empresa dedica-se ao fabrico e comercialização de arames de aço, para aplicação em áreas de actividade como a indústria, agricultura e construção civil.

João Borges de Oliveira, CEO da F. Ramada, disse na altura que "esta transacção irá permitir ao Grupo Ramada entrar numa nova área de negócio, alargando o portefólio da sua actividade industrial".

Em Julho de 2015, a Socitrel – devido às dificuldades financeiras em que se encontrava – submeteu um Processo Especial de Revitalização ("PER"), o qual foi homologado pelo tribunal competente em Novembro de 2015.

A 15 de Março do ano passado transitou em julgado a sentença que homologou o mencionado plano de recuperação da Socitrel, estando este processo totalmente concluído. Já a 30 de Junho deste ano, a Socitrel apresentava um volume de negócios de 20 milhões de euros e um EBITDA de um milhão de euros, refere o comunicado, acrescentando que a empresa apresenta ainda um passivo bancário de médio e longo prazo no montante de 18 milhões de euros com maturidade em Dezembro de 2026, vencendo-se a primeira tranche em Dezembro de 2020.

(notícia actualizada às 17:33 com alteração do título)

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