Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Concessionárias rodoviárias brasileiras negam lucros exorbitantes

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) contesta as declarações do subprocurador-geral da República, Aurélio Virgílio Veiga, de que o lucro dessas empresas "é exorbitante, só comparável ao do narcotráfico", noticia a Agência Brasil.

12 de Janeiro de 2007 às 11:50
  • ...

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) contesta as declarações do subprocurador-geral da República, Aurélio Virgílio Veiga, de que o lucro dessas empresas "é exorbitante, só comparável ao do narcotráfico", noticia a Agência Brasil.

A ABCR enfatiza em comunicado que, ao contrário de afirmação de Veiga, trata-se de negócio que "geralmente só começa a dar lucro dez anos depois de iniciado". A associação nega ainda que receba para administrar rodovias em bom estado, já em condições de propiciar lucros, conforme dito pelo sub-procurador.

Na nota citada, a associação classifica a comparação de "irresponsável e grave". E explica: "O sector de concessão de rodovias trabalha de forma clara, transparente e amparado pela legislação. Todas as empresas que administram rodovias no País são fiscalizadas pelo poder concedente e pelas agências reguladoras, recolhem impostos, desoneram o governo de importantes investimentos e prestam serviço público de qualidade".

De acordo com a entidade, em 2005 as 36 concessionárias de rodovias arrecadaram 1,91 mil milhões de euros (5,3 mil milhões de reais) e desembolsaram 1,98 mil milhões de euros (5,5 mil milhões de reais).

O sector de concessão de rodovias ainda opera com défice de caixa, conforme a ABCR, mas "o resultado do fluxo de caixa está dentro do previsto", uma vez que o volume de investimentos é maior na fase inicial: "Geralmente, os resultados positivos se consolidam após dez anos de vigência dos contratos".

A associação destaca ainda que "as 23 melhores rodovias do país são administradas por concessionárias, o que mostra o sucesso do Programa Brasileiro de Concessão de Rodovias".

Empresas portuguesas continuam interessadas nas PPP

Entretanto as empresas portuguesas com participações ou interesses já declarados pelas parcerias público-privadas (PPP) nas rodovias brasileiras já manifestaram continuarem interessadas nas concessões, segundo a imprensa portuguesa.

A CCR- Companhia de Concessões Rodoviárias, na qual a Brisa detém uma participação de cerca de 18%, acredita que os concursos previstos para sete concessões rodoviárias vão continuar, explicando que "não houve mudança de política do Governo, que anunciou apenas a realização de estudos" sobre a privatização daquelas rodovias, noticia hoje o Jornal de Negócios.

Movimento nas rodovias concedidas cresce 0,4% em Dezembro e 1,3% em 2006

O fluxo de veículos nas rodovias concedidas no Brasil cresceu 0,4% em Dezembro em relação a Novembro de 2006, já considerando ajustes sazonais, consequência de um aumento de 1,3% no fluxo de veículos leves e de 0,5% no movimento de veículos pesados. Este é o resultado do Índice ABCR de Actividade de Dezembro, produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada. Nos últimos doze meses (Janeiro a Dezembro de 2006 sobre igual período de 2005) houve um aumento de 1,3%.

De acordo com Ana Carla Abrão Costa, economista da Tendências, os dados de 2006 reflectem claramente o que foi o ano passado no Brasil. "Tivemos um período de significativa recuperação de renda da população, representada no índice pela movimentação dos veículos leves, que teve significativa margem de crescimento em todas as variáveis da análise, aliado a um desempenho tímido da produção, confirmado pela movimentação praticamente estável dos veículos pesados", afirma.

As informações dos últimos doze meses (acumulado de Janeiro a Dezembro de 2006 sobre Janeiro a Dezembro de 2005) mostram que o incremento de 1,3% foi muito influenciado pelo fluxo de veículos leves, que apresentou crescimento de 1,8%. Enquanto isso, a circulação dos veículos pesados oscilou positivamente em 0,3%. Na comparação com Dezembro de 2005, o fluxo total de veículos registrou crescimento de 3,2%. O movimento de veículos leves subiu 4,3% e o de pesados, 0,4%.

O movimento de veículos nas rodovias está directamente ligado à actividade económica do País. O fluxo de veículos pesados tem alta correlação com a produção industrial e agrícola. Se o nível de produção na indústria ou no campo varia positiva ou negativamente, a consequência é logo percebida nas estradas, com o aumento ou a diminuição do tráfego de caminhões. Já o fluxo de veículos leves tem relação com o factor renda. A lógica é semelhante. Maior ou menor movimento de automóveis é sinal de crescimento, queda ou mesmo estabilidade do nível de renda no País

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio