A tecnológica portuguesa Compta foi declarada insolvente na passada quarta-feira, 7 de dezembro, pelo Juízo de Comércio de Sintra – e agora, segundo o portal Citius, a empresa está sob gestão de um administrador judicial, diz o Eco.

Assim, depois de em outubro de 2020 o grupo de engenharia Future ter comprado 65% da Compta – que passou a denominar-se Future Compta –, a tecnológica fundada em 1972 entrou em insolvência. A ideia, aquando da aquisição, era que a Compta acelerasse o seu processo de internacionalização. Mas tal não aconteceu.

Antes daquela integração, a primeira tecnológica portuguesa era detida em 93,81% pela Broadloop (então controlada por Armindo Monteiro e por Francisco Maria Balsemão). Ao Eco, Armindo Monteiro, diz-se triste com o que está a suceder.

"Fiquei surpreendido e triste por saber desta situação. A empresa sempre apresentou argumentos bastante sólidos", comentou ao Eco o anterior dono da Compta. Após a compra pela Future, Armindo Monteiro ocupou funções não executivas até ao final de 2021 e garante que a empresa "provou ser resiliente ao longo dos últimos anos".

A decisão judicial relativa à tecnológica surgiu precisamente um mês depois de uma assembleia geral extraordinária em que um dos pontos em cima da mesa era a dissolução da sociedade, a redução do capital social ou possíveis injeções de capital pelos atuais acionistas, lembra o Eco.

"Nas próximas semanas será feito o apuramento da dívida da tecnológica aos seus fornecedores. Para já, sabe-se que Novobanco e SAP Portugal estão na lista dos credores", diz a mesma publicação.