Notícia
Compra da Emparque em Espanha foi o Negócio do ano
Possivelmente, você pouco ouviu falar neste negócio, nada sabe desta empresa e desconhece o seu líder. Mas a falta de mediatização de uma operação não lhe tira importância. A Emparque protagonizou o negócio do ano.
Possivelmente, você pouco ouviu falar neste negócio, nada sabe desta empresa e desconhece o seu líder. Mas a falta de mediatização de uma operação não lhe tira importância. A Emparque protagonizou o negócio do ano.
Num ano marcado por retracção, despedimentos, suspensão de planos, a redacção elegeu quem fez o contrário e aproveitou a crise para se internacionalizar: o negócio do ano é a compra da espanhola Cintra Aparcamientos pela Emparque.
O negócio foi grande, para a modesta escala nacional de 2009. Aconteceu no mercado dos parques de estacionamento e envolveu a compra da Cintra Aparcamientos pela muito mais pequena Emparque, por 450 milhões de euros. Uma operação de vulto protagonizada por uma empresa pouco mediática, com um presidente "low profile", que acabou por conseguir o que muitos empresários portugueses tentam há muitos anos: conquistar o mercado espanhol. Pedro Mendes Leal deu a cara pelo negócio, que originou a nova marca Empark para substituir a Cintra Aparcamientos.
A transacção, concluída em Julho, permite à Emparque, do grupo A. Silva & Silva, passar de 70 mil para 370 mil lugares de estacionamento e ocupar o quarto lugar europeu em parques.
A venda da divisão de estacionamento da Cintra estava em cima da mesa, pois a sua proprietária, a construtora Ferrovial, lidava com problemas resultantes da crise espanhola e precisava focar-se na concessão de estradas. A crise em Espanha, aliada ao endividamento que a empresa contraiu para comprar a BAA, gestora do aeroporto de Heathrow em Londres, levou a que a Ferrovial vendesse alguns activos.
A empresa está integrada num consórcio constituído em 50% pela ASSIP (que detém 100% do capital da Emparque), estando os restantes 50% distribuídos por cinco investidores financeiros, entre os quais o TIIC, um fundo participado pela Brisa. Foi preciso juntar estes parceiros para conseguir financiar um negócio destes em plena crise financeira. A Emparque referiu em Julho que tinha anda recorrido a um sindicato bancário liderado pela CGD e BES, que integra também o BCP, BPI, Banif Investimento, Santander, Caja Madrid e BBVA.
As operações conjuntas das duas empresas fazem com que passem a ter presença em cinco países: Portugal, Espanha, Reino Unido, Turquia e Andorra, com mais de 300 operações e cerca de três mil colaboradores. A Emparque tem como objectivo facturar 200 milhões em 2010 e um EBITDA ('cash-flow' operacional) de 70 milhões. A "holding" espera estar cotada nas bolsas de Lisboa e Madrid em 2015.
Num ano marcado por retracção, despedimentos, suspensão de planos, a redacção elegeu quem fez o contrário e aproveitou a crise para se internacionalizar: o negócio do ano é a compra da espanhola Cintra Aparcamientos pela Emparque.
O negócio foi grande, para a modesta escala nacional de 2009. Aconteceu no mercado dos parques de estacionamento e envolveu a compra da Cintra Aparcamientos pela muito mais pequena Emparque, por 450 milhões de euros. Uma operação de vulto protagonizada por uma empresa pouco mediática, com um presidente "low profile", que acabou por conseguir o que muitos empresários portugueses tentam há muitos anos: conquistar o mercado espanhol. Pedro Mendes Leal deu a cara pelo negócio, que originou a nova marca Empark para substituir a Cintra Aparcamientos.
A transacção, concluída em Julho, permite à Emparque, do grupo A. Silva & Silva, passar de 70 mil para 370 mil lugares de estacionamento e ocupar o quarto lugar europeu em parques.
A venda da divisão de estacionamento da Cintra estava em cima da mesa, pois a sua proprietária, a construtora Ferrovial, lidava com problemas resultantes da crise espanhola e precisava focar-se na concessão de estradas. A crise em Espanha, aliada ao endividamento que a empresa contraiu para comprar a BAA, gestora do aeroporto de Heathrow em Londres, levou a que a Ferrovial vendesse alguns activos.
A empresa está integrada num consórcio constituído em 50% pela ASSIP (que detém 100% do capital da Emparque), estando os restantes 50% distribuídos por cinco investidores financeiros, entre os quais o TIIC, um fundo participado pela Brisa. Foi preciso juntar estes parceiros para conseguir financiar um negócio destes em plena crise financeira. A Emparque referiu em Julho que tinha anda recorrido a um sindicato bancário liderado pela CGD e BES, que integra também o BCP, BPI, Banif Investimento, Santander, Caja Madrid e BBVA.
As operações conjuntas das duas empresas fazem com que passem a ter presença em cinco países: Portugal, Espanha, Reino Unido, Turquia e Andorra, com mais de 300 operações e cerca de três mil colaboradores. A Emparque tem como objectivo facturar 200 milhões em 2010 e um EBITDA ('cash-flow' operacional) de 70 milhões. A "holding" espera estar cotada nas bolsas de Lisboa e Madrid em 2015.