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Como vão evoluir as falências?

O presente: "Há uma catadupa de processos que entra todos os dias nos tribunais", diz o ex-presidente da Associação Portuguesa de Gestores e Liquidatários Judiciais e Administradores da Insolvência (APAJ), Raul Gonzalez. Agora o futuro: "Todas as indicações, até as do Governo apontam para um aumento de insolvências", avança o agora administrador judicial.

30 de Agosto de 2012 às 09:00
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Já o presidente da CIP, António Saraiva, usa uma metáfora futebolística. "Estamos num jogo de futebol em que não dependemos só do desempenho da nossa equipa", diz. O patrão dos patrões afirma que, neste momento, a União Europeia não gera "políticas de crescimento" e que continuamos a actuar num mercado global "em que as regras são aplicadas de forma regional". Tudo isto, segundo o líder da CIP, são fenómenos com epicentro fora de país, mas com réplicas na economia portuguesa.

O presidente da CCP, João Vieira Lopes, traça um quadro com as mesmas imperfeições. "A tendência de falências deve manter-se. A quebra de consumo, o presumível aumento da carga fiscal e uma desaceleração das exportações é um 'mix' que não deverá melhorar este cenário", avança.

Mais incentivos fiscais para o investimento produtivo é apontado pelos presidentes das confederações patronais como "elemento decisivo" para introduzir algum dinamismo à economia. António Saraiva prevê que o crescimento de falências só poderá ser atenuado por um processo de "fusões" e "concentrações" entre empresas. O presidente da CIP antevê que tal suceda de forma transversal em todos os sectores de actividade.

Neste contexto, o Governo lançou o programa Revitalizar, que dá agora os primeiros passos, sendo que os diversos agentes ouvidos pelo Negócios consideram o programa "positivo". A abrangência que terá e os respectivos resultados são, para já, uma incógnita.


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