Notícia
Comissão Europeia bloqueia fusão entre NYSE Euronext e Deutsche Boerse
A Comissão Europeia chumbou hoje o projecto de fusão entre as duas bolsas, colocando um ponto final num negócio de nove mil milhões de euros.
Num comunicado divulgado hoje, os dois grupos afirmam que foram informados de que “a Comissão Europeia decidiu hoje proibir a união dos dois negócios”. A decisão foi tomada numa reunião hoje do colégio de comissários, que seguiu a recomendação de Joaquín Almunia, o responsável pela Concorrência.
A fusão iria criar a maior plataforma bolsista do mundo, reunindo os mercados da NYSE Euronext ( Nova Iorque, Paris, Bruxelas, Amesterdão e Lisboa) e da Deutsche Boerse (Bolsa de Frankfurt). Iria ainda criar a maior plataforma de negociação de derivados através da junção entre a NYSE Euronext Liffe e a Eurex.
O negócio obrigou a meses de intenças negociações, com os dois grupos a tentarem convencer a direcção-geral da Concorrência em Bruxelas das virtudes da fusão e de que a união do negócio de derivados da NYSE LIFFE e da Eurex não criava um monopólio.
Os argumentos não convenceram o comissário europeu da Concorrência, Joaquín Almunia, que considera inaceitável que o novo grupo reúna mais de 90% do negócio de derivados (contratos sobre acções, taxas de juro, matérias-primas, entre outros) na Europa. A NYSE Euronext e a Deutsche Boerse contestaram esta visão, dizendo que só 20% deste tipo de transacções passa pelas bolsas, sendo o restante intermediado pelos bancos, e que isso devia ter sido levado em conta na análise.
“Apesar dos remédios propostos, a Comissão Europeia concluiu que a fusão iria constituir um impedimento significativo à concorrência e considerou-a incompatível com o Mercado Comum”, diz o comunicado.
Também em comunicado, o presidente da NYSE Euronext, Jean-Michiel Hessels, disse estar “desapontado” e “discordar profundamente” da decisão, que “se baseia num entendimento muito diferente do que é o mercado de derivados”. “Agora é altura de seguir em frente e focar a empresa no cumprimento da sua estratégia”.
As acções da Deutsche Boerse seguem a subir 0,37% para os 44,97 euros por acção, depois de já terem estado a subir 3,2%. Os títulos da NYSE Euronext estão ainda suspensos em Paris.
A fusão iria criar a maior plataforma bolsista do mundo, reunindo os mercados da NYSE Euronext ( Nova Iorque, Paris, Bruxelas, Amesterdão e Lisboa) e da Deutsche Boerse (Bolsa de Frankfurt). Iria ainda criar a maior plataforma de negociação de derivados através da junção entre a NYSE Euronext Liffe e a Eurex.
Os argumentos não convenceram o comissário europeu da Concorrência, Joaquín Almunia, que considera inaceitável que o novo grupo reúna mais de 90% do negócio de derivados (contratos sobre acções, taxas de juro, matérias-primas, entre outros) na Europa. A NYSE Euronext e a Deutsche Boerse contestaram esta visão, dizendo que só 20% deste tipo de transacções passa pelas bolsas, sendo o restante intermediado pelos bancos, e que isso devia ter sido levado em conta na análise.
“Apesar dos remédios propostos, a Comissão Europeia concluiu que a fusão iria constituir um impedimento significativo à concorrência e considerou-a incompatível com o Mercado Comum”, diz o comunicado.
Também em comunicado, o presidente da NYSE Euronext, Jean-Michiel Hessels, disse estar “desapontado” e “discordar profundamente” da decisão, que “se baseia num entendimento muito diferente do que é o mercado de derivados”. “Agora é altura de seguir em frente e focar a empresa no cumprimento da sua estratégia”.
As acções da Deutsche Boerse seguem a subir 0,37% para os 44,97 euros por acção, depois de já terem estado a subir 3,2%. Os títulos da NYSE Euronext estão ainda suspensos em Paris.