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Comissão de Trabalhadores da CGD diz que liderança fica fragilizada

A Comissão dos Trabalhadores da CGD manifestou a sua estranheza em relação à manutenção da administração liderada por Vítor Martins, após a decisão do Ministério das Finanças em aumentar o valor da transferência do fundo de pensões para a CGA, acrescentan

27 de Dezembro de 2004 às 17:50
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A Comissão dos Trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos manifestou a sua estranheza em relação à manutenção da administração liderada por Vítor Martins, após a decisão do Ministério das Finanças em aumentar o valor da transferência do fundo de pensões para a Caixa Geral de Aposentações, acrescentando que a administração fica assim fragilizada perante o poder político.

«É, no mínimo, estranha, a posição da administração», declarou ao Jornal de Negócios Online Palmira Areal, membro da CT da Caixa. «Os pressupostos (de que a medida era irreversível) mantêm-se, por isso, não percebemos a decisão» da administração.

O ministro das Finanças Bagão Félix decidiu aumentar em mil milhões para 2,4 mil milhões de euros o valor da transferência do fundo de pensões dos trabalhadores da CGD para a CGA como forma de reduzir o défice orçamental para um valor abaixo dos 3% do PIB.

A decisão traduziu um recuo de Bagão Félix que dissera, no início de Dezembro, que a transferência de 1,4 mil milhões de euros da CGD para a CGA era suficiente, garantindo que não tocaria mais naquele activo para efeitos de défice.

Na sequência do anúncio, a administração da CGD, liderada pelo presidente Vítor Martins, pediu de imediato a demissão devido ao facto de não ter sido consultada nesta operação.

No entanto, hoje à tarde, a CGD emitiu um comunicado em que verbalizava a manutenção da administração após a insistência de Bagão Félix e do próprio Presidente da República Jorge Sampaio para que Vítor Martins se mantivesse em funções.

O comunicado alega que «o conselho de administração ponderou este apelo do Governo e o seu voto de confiança para o cumprimento do mandato iniciado em 1 de Outubro e o facto daquela decisão governamental ter sido, entretanto, promulgada» por Jorge Sampaio.

«Isto mostra que o Estado (através do Governo) pode instrumentalizar a CGD a seu belo prazer, à revelia da administração», disse Palmira Areal.

«Por isso, continuamos extremamente preocupados com o futuro da Caixa», acrescentou. A CT pretende agora voltar a reunir-se com a administração para debater a sua manutenção em funções.

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