O conselho directivo da Comissão dos Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) aprovou a suspensão do dever de lançamento, por parte da Grão-Pará, de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Interhotel, anunciou a Grão-Pará em comunicado.

De acordo com o mesmo comunicado, a suspensão do dever de lançar uma OPA «funda-se no facto de a Autodril, sociedade detida a 99,67% pela Imobiliária Construtora Grão-Pará [GRAO] , ter adquirido à Parpública um total de 432.642 acções, representativas de 28,84% do capital social e 28,85% dos direitos de voto da sociedade Interhotel», que levou a que a Grão-Pará passasse a controlar 57,60% dos direitos de voto da Interhotel.

A sociedade construtora explicou no mesmo comunicado, que esta compra e venda «relaciona-se com denominado Acordo de Fecho celebrado pelo Estado Português e o Grupo Grão-Pará em 8 de Fevereiro de 2000, o qual visou lograr a resolução dos litígios que opuseram ambas as partes desde há vários anos».

Segundo o mesmo comunicado, a Grão-Pará «assumiu o compromisso de proceder à alienação, necessariamente no prazo de 120 dias a contar da data de 5 de Novembro de 2001, das acções bastante para que os direitos de voto que lhe são imputáveis se situem abaixo do limite de um terço, ou 33%» da Interhotel.

A Grão-Pará durante o período de suspensão está inibida de exercer os direitos de voto que ultrapassem os 33%, explicou o mesmo comunicado.

Às 13h01, a Grão-Pará perdia 0,95% para os 5,20 euros (1.043 escudos).