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Cimpor desiste da compra da CECIME

A Cimpor desistiu de prosseguir com o processo de aquisição da importadora de cimentos CECIME que estava a ser analisado pela Autoridade da Concorrência.

02 de Agosto de 2004 às 19:50
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A Cimpor desistiu de prosseguir com o processo de aquisição da importadora de cimentos CECIME que estava a ser analisado pela Autoridade da Concorrência.

Segundo comunicado da Autoridade da Concorrência, a empresa do Grupo Cimpor que pretendia assumir o controlo accionista a 100% da CECIME, a Cecisa – Comércio Internacional, decidiu retirar a notificação e não realizar a operação notificada em 28 de Outubro passado.

Em 22 de Janeiro deste ano, a Autoridade da Concorrência decidiu «dar início a uma investigação aprofundada, por entender que a operação em causa, face aos elementos recolhidos, seria susceptível de criar ou reforçar uma posição dominante na qual pudessem vir a resultar entraves significativos à concorrência nos mercados relevantes da produção e comercialização de cimentos».

De acordo com o comunicado da Autoridade da Concorrência, foi «na sequência da investigação aprofundada» que a Cecisa, do Grupo Cimpor, decidiu não prosseguir com esta operação de compra da CECIME.

Contactada, fonte oficial da Cimpor escusou-se a comentar este assunto, remetendo para um comunicado que a empresa pretende distribuir sobre a operação, mas que não tem ainda «timing» previsto para a sua libertação.

A CECIME é uma empresa que se dedica ao fabrico, comercialização, importação exportação e transporte de todos os tipos de cimento, cal, gessos, estuques, betões e materiais para a construção e seus componentes, derivados e outros, e ainda, construção e exploração de silos e moinhos de clínquer para armazenamento e distribuição de granéis, embalagem e moagem.

A Cecime foi criada em 2003 por um grupo de quatro construtoras – Mota-Engil (20%), Somague (20%), Sopol (Grupo A. Silva & Silva/Dragados, com 20%) e OPCA (20%) e por dois empresários a nível individual (cada um com 10%), dos quais um é Filipe Soares Franco, presidente da OPCA e também da CECIME.

A empresa detém uma licença que permita a importação anual de 200 mil toneladas anuais de cimento, através da operação de um terminal de importação e comercialização de cimento na zona da Administração do Porto de Lisboa, nas proximidades de Santa Apolónia.

Alegadamente, a sua compra pela Cimpor configuraria uma situação que viola os princípios da livre concorrência e da não criação de monopólios, argumento que deverá igualmente impedir a Semapa de tentar o controlo accionista da CECIME, como já tentou em tempos.

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