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Cidade PT: O exemplo do Santander em Madrid

Mais de 6.500 trabalhadores compartem já há três anos os 140 mil metros quadrados de escritórios que compõe a gigantesca cidade Santander, a 15 quilómetros de Madrid, um espaço marcado por imensas zonas verdes.

24 de Fevereiro de 2008 às 17:26
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Mais de 6.500 trabalhadores compartem já há três anos os 140 mil metros quadrados de escritórios que compõe a gigantesca cidade Santander, a 15 quilómetros de Madrid, um espaço marcado por imensas zonas verdes.

A construção custou 658 milhões de euros - dois anos de obras, prontas em 2004 - mas poupou ao Grupo Santander mais de 21 milhões de euros por ano, só em rendas que pagavam pelos muitos espaços dispersos que ocupavam em Madrid.

Um valor a que há que somar as vendas de aproximadamente mil milhões de euros de imobiliário ocupado pelo grupo, e um lucro, nessas operações, de cerca de 500 milhões de euros.

Números facilitados à Lusa pelo maior grupo bancário espanhol que explica ter apostado num centro integrado, com preocupação especial ao ambiente - foram plantadas 2.500 árvores - e a estruturas de apoio aos trabalhadores.

E isso evidencia-se um pouco por todo o projecto do arquitecto Kevin Roche, que em torno dos nove complexos de escritórios desenvolveu uma verdadeira cidade, com quase 81 mil metros quadros de "serviços adicionais".

Já ali funciona um centro de formação - com um auditório para mil pessoas - e uma residência com 170 quartos, a que se soma uma creche parcialmente subsidiada pelo Santander, com uma área de 4,5 mil metros quadros e espaço para 400 crianças que, o Santander garante ser a maior da Europa.

Os trabalhadores têm ainda acesso a um ginásio, piscina, campos de ténis e de "paddle" (um desporto de raquete com muitos fãs em Espanha) e restaurantes com capacidade para receber, em duas "levas", mais de oito mil pessoas.

Para quem vá de carro há cinco mil lugares de estacionamento, mas também uma ligação de comboio ligeiro, desde Madrid e uma rede de autocarros, pagos pelo Santander, que recolhe em 26 pontos da capital e arredores.

Antes de arrancar com o projecto, o banco conduziu extensas sondagens aos seus próprios funcionários, ouvindo opiniões sobre que estruturas ali deviam ser instaladas.

O resultado foi uma verdadeira "urbe" onde nem faltam zonas de compras, que é única em Espanha e no limiar do avanço tecnológico europeu e que dá aos trabalhadores "muitas vantagens", tanto "pessoais como profissionais", como explicou o presidente da Santander Emílio Botín, na altura da inauguração.

"A Cidade Santander é mais do que só um quartel-geral: mostra que como grupo somos um líder, moderno e internacional", sustentou.

A nível arquitectónico o projecto também é inovador, tanto pela dimensão como pelas inovações em termos da construção que passam pelo maior "dome" de Espanha, no edifício principal, por pavimentos pré-fabricados para poupar tempo e janelas que dão mais 68 por cento de luminosidade e 34 por cento menos radiação solar

A "cidade" está unida por um sistema tecnológico do mais avançado do mundo, com um custo de 100 milhões de euros em equipamento, permitindo segundo o Santander, mais eficácia e eficiência.

Todo o complexo tem um sistema próprio inovador, de gestão de lixos e de reciclagem, consolidando a natureza ambiental do projecto.

Note-se que os edifícios cobrem apenas 20 por cento do espaço da cidade, e nos restantes 80 por cento foi desenvolvido um extenso programa de reflorestação, com vegetação e animais indígenas.

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