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Chineses negoceiam compra de negócio dos petróleos da Gulbenkian

O grupo CEFC China, que agora está interessado na Partex, comprou em Novembro do ano passado a maioria do capital da seguradora Lusitânia, do Montepio. Neste caso apenas falta a autorização do regulador para efectivar o negócio.

Sofia Costa/Record
01 de Fevereiro de 2018 às 17:29
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A Fundação Calouste Gulbenkian está a negociar a venda da Partex, a participada que agrega os seus negócios no sector petrolífero. Segundo o Expresso os potenciais compradores são a CEFC China Energy, com sede em Xangai.

Esta empresa chinesa é a mesma que comprou  em Novembro do ano passado uma posição maioritária na companhia de seguros Lusitânia, detida pelo Montepio, faltando apenas a autorização do regulador do sector para que o negócio se concretize. A Fundação Gulbenkian diz que o encaixe financeiro obtido com esta venda será reinvestido noutros activos.

"A Fundação Calouste Gulbenkian tem vindo a equacionar a alienação dos investimentos nos combustíveis fósseis (que representaram cerca de 18% dos activos em 2017), tendo em conta uma nova matriz energética e os seus objectivos em prol da sustentabilidade, na linha do movimento internacional seguido por outras fundações", explica a instituição num comunicado divulgado esta quinta-feira, 1 de Fevereiro.

No referido comunicado, a fundação liderada por Isabel Mota, relata que "tem recebido, ao longo dos anos, várias manifestações de interesse para a alienação da sua participação na Partex, traduzindo o reconhecimento internacional da qualidade da empresa. Recentemente, recebeu uma oferta de compra e encontra-se neste momento em processo de negociações com o grupo interessado. Findo o processo de análise de todas as condições, será tomada uma decisão de acordo com a defesa dos melhores interesses da Fundação".

A Fundação Calouste Gulbenkian detém 100% do capital da Partex, empresa que é liderada por António Costa Silva.

A Partex foi fundada em 1938, por Calouste Gulbenkian, que até então "tinha sido o grande promotor da criação da Iraq Petroleum Company, uma empresa que reuniu os interesses das empresas que hoje se chamam BP, Shell, Total, Exxon Mobil, e onde ficou com 5%, passando a ser conhecido como o "Mister Five Per Cent".

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