Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Champalimaud «responde» aos accionistas minoritários

António Champalimaud respondeu, hoje em comunicado, aos accionistas minoritários da Mundial Confiança na sequência dos anúncios publicados na semana passada na imprensa internacional e portuguesa, sob o título «Faça-se ouvir no caso Champalimaud».

08 de Novembro de 1999 às 18:11
  • ...
António Champalimaud respondeu, hoje em comunicado, na imprensa nacional aos accionistas da Mundial Confiança (MC) na sequência dos anúncios publicados na semana passada na imprensa internacional e portuguesa, sob o título «Faça-se ouvir no caso Champalimaud», onde era pedido a comparência dos accionistas na assembleia geral (AG) e o exercício dos direitos de voto correspondentes às suas acções, ao mesmo tempo, apelando ao bloqueio destas.

Champalimaud acusa o Banco Comercial Português (BCP) de estar a «usar entidades por si controladas» para levar a AG a vender-lhe os bancos sob o seu controlo. No comunicado, o accionista maioritário refere que «dos 21 accionistas minoritários que convocaram a AG, 20 são entidades controladas pelo BCP», acrescentando ainda que «é claro que o BCP pretende apoderar-se do grupo bancário da Mundial Confiança (MC) contra vontade e interesse do accionista maioritário, aproveitando-se de um despacho do Ministro das Finanças, cuja ilegalidade é evidente e foi declarada pela Comissão Europeia». O industrial considera que o negócio com o Banco Santander Central Hispano (BCSH) não traz qualquer prejuízo para os accionistas da seguradora, e só pode trazer benefícios, «como demonstra a subida de cotação».

António Champalimaud termina o comunicado afirmando «o BCP no passado, no âmbito do processo de privatização, ofereceu pelo Banco Pinto & Sotto Mayor (BPSM) um preço 6,6 vezes inferior ao que veio a ser pago pela MC. Dessa vez, a tentativa oportunista de comprar ao Estado a preço aviltado, não passou e agora também não vai passar». A resposta do accionista maioritário surge no dia que o ministro da Economia e Finanças, Pina Moura, em Bruxelas, durante a reunião do Conselho de Ministros da Economia e Finanças (ECOFIN) da União Europeia, reiterou a oposição do Governo português ao negócio Champalimaud/BSCH, tendo salientado que, «apesar da mudança de ministro, a política de Lisboa mantém-se igual nesta questão».

A Mundial confiança fechou nos 43,96 euros (8.813 escudos), o que traduz uma desvalorização de 0,57% face à cotação de fecho de sexta-feira.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio