A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reforçou a sua posição na Galp para 13,5%, juntando 2,75% aos já detidos 10,75%, recebidos do Estado em acções da empresa através de um aumento de capital de 249 milhões de euros (50 milhões de contos). Depois desta cessão de acções, o Estado deixou de ter a maioria do capital da «holding» energética, detendo agora uma posição directa de 49,89%.

João Salgueiro, em declarações ao «Diário Económico», justificou este reforço da posição pelo facto de se tratar de «um sector importante para o andamento da economia portuguesa», adiantando que na CGD «não há intenção de fazer qualquer alienação posterior».

A Galp manifestou-se surpresa pelo reforço da posição da CGD, afirmando o seu porta-voz «apenas ter conhecimento da tomada de 2,75% concretizada na semana passada, na sequência da troca de acções que o banco detinha na Transgás ».

«A CGD aumentou o capital de 1,75 mil milhões de euros (350 milhões de contos) para dois mil milhões de euros ( 400 milhões de contos) para reforçar a solvabilidade, em face ao acelerado aumento do crédito», afirmou o presidente da CGD.

Recorde-se que a CGD tinha já aumentado os capitais próprios, em Setembro deste ano, em 399 milhões de euros (80 milhões de contos), com a emissão de dívida subordinada a dez anos, após o qual o rácio de solvabilidade ficou nos 10,5%.