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CCP critica "retrocesso" com "inédita" exclusão de secretaria de Estado do Comércio
Líder da Confederação do Comércio, João Vieira Lopes, diz que eliminação da secretaria de Estado representa "um retrocesso" e "um sinal político negativo" para os setores que contribuem com mais de dois terços da riqueza e do emprego criados em Portugal.
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) expressou, esta sexta-feira, desagrado pelo facto de o setor ter "saltado" da lista de secretarias de Estado do novo Governo, liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, que foi conhecida na noite de quinta-feira.
"Como nota negativa, face à situação historicamente inédita da não inclusão do Comércio e Serviços na lista das secretarias de Estado, o presidente da CCP considera que se trata de um retrocesso e de um sinal político negativo para os setores que contribuem com mais de dois terços para o Produto Interno Bruto, o Valor Acrescentado Bruto e o emprego, na Economia nacional, refere o organismo liderado por João Vieira Lopes, num comunicado enviado às redações.
Nesse sentido, e na ausência de um secretário de Estado do Comércio e Serviços, a CCP adianta que "irá desde já solicitar uma reunião ao ministro da Economia, Pedro Reis".
De um modo geral, na sequência da tomada de posse do novo Governo, a CCP assinala que "existem as condições de partida para uma legislatura em que seja reforçado o papel dos parceiros sociais em sede de concertação social, como contributo para a estabilidade indispensável ao país, visando o crescimento económico e o aumento do rendimento das famílias"
E, nessa linha, defende que exista um alargamento da discussão no âmbito do CPCS, para que seja possível definir um conjunto de matérias-chave com efetivo impacto na competitividade, como a política de remunerações, a fiscalidade e os incentivos ao investimento".
Só assim - argumenta João Vieira Lopes - "a economia portuguesa conseguirá ultrapassar claramente o nível de crescimento anémico que se tem verificado ao longo deste século XXI".
Para isso,"o Ministério da Economia deverá assumir um papel de interlocutor chave junto das empresas privadas, sem as quais não será possível assegurar o desejado crescimento económico, quer ao nível do mercado interno, quer na exportação de bens e serviços", conclui.