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CCCA estima lucros do segundo semestre «em linha» com os do primeiro

A Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCA) prevê que os resultados líquidos do segundo semestre deste ano deverão ser em linha com os lucros de 44 milhões de euros registados nos primeiros seis meses do ano, disse hoje José Lemos.

23 de Outubro de 2001 às 12:57
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A Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCA) prevê que os resultados líquidos do segundo semestre deste ano deverão ser em linha com os lucros de 44 milhões de euros (8,82 milhões de contos) registados nos primeiros seis meses do ano, disse hoje José Lemos, presidente do conselho de gestão da instituição financeira.

«A nossa expectativa é de que até ao final do ano os resultados serão em linha com os do primeiro semestre», adiantou José Lemos, na conferência de apresentação dos resultados semestrais da CCCA.

«Os números no final de Setembro indicam que não iremos ter um segundo semestre inferior ao primeiro», afirmou o mesmo responsável, salientando que «a actividade do crédito correu bastante bem» no terceiro trimestre, com a carteira de crédito e os recursos da instituição a registarem níveis de crescimento acima da média do sector.

A rendibilidade dos capitais próprios, ou «return on equity» (ROE), cifrou-se nos 16% no final de 2000, acima da média de 14,7% do sistema bancário nacional, enquanto a remuneração do activo (ROA) foi de 1,1% no mesmo período, contra a média de 0,91%.

José Lemos afirmou que, até final do corrente ano, «tudo aponta para que continuemos a ter um ROA acima de 1% e um ROE na casa dos 15%/16%».

CCCA reduz número de caixas associadas até 120 em 2002

O número de caixas associadas da CCCA deverá reduzir-se das 131 registadas no final do primeiro semestre até «cerca de 120» no próximo ano, seguindo adiantou José Lemos.

«É natural que durante o próximo ano se estabilize o número de caixas associadas em cerca de 120», afirmou o mesmo responsável, tendo em conta a política de fusões entre associadas levada a cabo pelo grupo, com o objectivo de «encontrar uma dimensão mínima para cada caixa».

O presidente do conselho de administração da CCCA, Diamantino Diogo, explicou que «se as caixas (associadas) tiverem activos inferiores ou de cerca de 50 milhões de euros (10 milhões de contos), estamos a aconselhá-las a ter uma dimensão diferente».

Por seu turno, José Lemos garantiu que as fusões entre as caixas associadas «não tem a ver com um encerramento de balcões», sublinhando que as referidas operações «vão criar até condições de expansão» da rede de balcões, possibilitando ainda às caixas «encontrar condições de rentabilidade».

Os responsáveis da CCCA acreditam que a rede de balcões do grupo vai expandir-se até às cerca de 650 até ao final do próximo ano, face às cerca de 600 registadas em Junho último.

CCCA admite realizar aquisições

José Lemos referiu que «é natural» que a política de expansão do grupo possa passar por «por uma política de aquisições ou novos investimentos», apesar da mesma ter-se concentrado, até ao momento, no crescimento orgânico.

O mesmo responsável explicou que, tendo em conta o crescimento dos capitais próprios do grupo, se não fossem efectuados novos investimentos, «teríamos aqui uma situação de sobrecapitalização, o que afectaria a nossa rentabilidade».

No final do primeiro semestre deste ano, o activo líquido da CCCA situava-se nos 6,88 mil milhões de euros (1,38 mil milhões de contos), 13,9% acima do nível registado no período homólogo.

O presidente do conselho de gestão da instituição explicou ainda que o grupo «não distribui dividendos», pelo que todos os lucros são capitalizados.

Os objectivos da CCCA no médio/longo prazo passam por «aumentar a nossa quota de mercado» nos vários segmentos, bem como «subir uma posição» no «ranking» bancário nacional, em que o grupo ocupa actualmente a sexta posição, segundo dados da CCCA.

CCCA «não prevê» implementar taxa para serviços Multibanco

«Não temos prevista, neste momento, qualquer taxa para os serviços Multibanco», disse José Lemos, sublinhando que «esta é uma situação que deve ser discutida no âmbito» da Associação Portuguesa de Bancos (APB).

Depois da referida discussão, «caberá a cada banco seguir ou não uma recomendação» da APB, afirmou a mesma fonte, considerando, no entanto, que quando «um serviço é prestado, é natural que tenha um preço».

Noutro âmbito, Diamantino Diogo referiu que o grupo está «muito satisfeito» com a sua participação de 20% na refinaria de açúcar DAI, apesar de reclamar um maior apoio do Estado para proporcionar5 o incremento da sua capacidade produtiva.

Integração jurídica de CBI e NCO concluída até final de 2002

José Lemos adiantou que a integração entre o seu participado Central Banco de Investimento (CBI) e a corretora NCO, «do ponto de vista jurídico, estará concluído no final deste ano».

No entanto, o mesmo responsável sublinhou que actualmente, «a integração já é total», em termos comerciais e operacionais.

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