Notícia
Catroga: Jardim Gonçalves "foi o grande revolucionador da banca portuguesa"
O presidente não executivo da EDP elogiou hoje no tribunal a capacidade de liderança e a visão estratégica de Jardim Gonçalves, fundador do BCP, que se defende das acusações de prestação de informação falsa ao mercado feitas pela CMVM.
20 de Março de 2012 às 12:34
O presidente não executivo da EDP elogiou hoje no tribunal a capacidade de liderança e a visão estratégica de Jardim Gonçalves, fundador do BCP, que se defende das acusações de prestação de informação falsa ao mercado feitas pela CMVM.
"Em relação às pessoas que conhecia mais directamente, Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal, isso nunca me passou pela cabeça. Quando comecei a ler essas notícias, e realço que não conheço os factos, pensei que houvesse falhas administrativas e que houve a construção de uma história", afirmou à juíza Eduardo Catroga.
Isto, depois de ter sido questionado por Magalhães e Silva, advogado de Jardim Gonçalves, sobre a sua opinião acerca das acusações que constam no processo que foi movido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) contra nove antigos gestores do BCP, entre os quais o fundador.
Catroga apresentou-se em tribunal como testemunha de defesa do banqueiro, salientando que conhece Jardim Gonçalves há mais de 30 anos e que o fundador do BCP "foi o grande revolucionador do sistema bancário português".
E destacou que "os projectos só se podem levar para a frente com uma liderança forte, com uma visão estratégica e com capacidade de motivação da equipa".
Segundo o 'chairman' da Energias de Portugal (EDP), "o projecto BCP foi um 'case study' [caso de estudo] em todas as universidades do mundo, como Harvard", já que "do zero foi construído o maior banco privado português".
"Mesmo nas alturas mais difíceis, sempre achei que estava ali ao leme um capitão capaz de levar o banco a bom porto", reforçou.
"Fiquei surpreendido com o aparecimento do caso BCP, que criou uma ruptura no projecto", assinalou o antigo ministro das Finanças do XV Governo Constitucional, apontando para a "postura ética" de Jardim Gonçalves no campo profissional.
À margem da sessão do julgamento, Catroga disse aos jornalistas que sempre viu "um grande carácter" em Jardim Gonçalves, considerando que "nenhuma organização é perfeita" e que "falhas administrativas acontecem em todas as empresas".
Já quando questionado por Carlos Pinto Abreu, advogado de Filipe Pinhal, sobre a imagem que tem do antigo presidente do BCP, Catroga destacou que Pinhal "desenvolveu um trabalho brilhante no Banco da Agricultura e no Montepio", pelo que achou a sua escolha para braço-direito de Jardim Gonçalves no BCP "natural".
Catroga foi hoje ouvido pela juíza que conduz o caso no 2.º Juízo da 2.ª Secção de Pequena Instância Criminal, no Campus da Justiça (Parque das Nações), em Lisboa, em mais uma sessão do julgamento do recurso das condenações individuais aplicadas pela CMVM a vários gestores do banco.
Neste processo, a entidade de supervisão acusa nove membros da anterior gestão do banco de terem prestado informação falsa ao mercado entre 2002 e 2007.
Em consequência dessa acusação, a CMVM aplicou coimas aos nove ex-administradores e decretou a inibição da actividade bancária a oito deles pelo máximo de cinco anos, mas os visados recorreram da decisão.
Alvo destas acusações estão Jorge Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, Christopher de Beck, António Rodrigues, Alípio Dias, António Castro Henriques e Paulo Teixeira Pinto, assim como Luís Gomes e Miguel Magalhães Duarte, ainda em funções no banco.
"Em relação às pessoas que conhecia mais directamente, Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal, isso nunca me passou pela cabeça. Quando comecei a ler essas notícias, e realço que não conheço os factos, pensei que houvesse falhas administrativas e que houve a construção de uma história", afirmou à juíza Eduardo Catroga.
Catroga apresentou-se em tribunal como testemunha de defesa do banqueiro, salientando que conhece Jardim Gonçalves há mais de 30 anos e que o fundador do BCP "foi o grande revolucionador do sistema bancário português".
E destacou que "os projectos só se podem levar para a frente com uma liderança forte, com uma visão estratégica e com capacidade de motivação da equipa".
Segundo o 'chairman' da Energias de Portugal (EDP), "o projecto BCP foi um 'case study' [caso de estudo] em todas as universidades do mundo, como Harvard", já que "do zero foi construído o maior banco privado português".
"Mesmo nas alturas mais difíceis, sempre achei que estava ali ao leme um capitão capaz de levar o banco a bom porto", reforçou.
"Fiquei surpreendido com o aparecimento do caso BCP, que criou uma ruptura no projecto", assinalou o antigo ministro das Finanças do XV Governo Constitucional, apontando para a "postura ética" de Jardim Gonçalves no campo profissional.
À margem da sessão do julgamento, Catroga disse aos jornalistas que sempre viu "um grande carácter" em Jardim Gonçalves, considerando que "nenhuma organização é perfeita" e que "falhas administrativas acontecem em todas as empresas".
Já quando questionado por Carlos Pinto Abreu, advogado de Filipe Pinhal, sobre a imagem que tem do antigo presidente do BCP, Catroga destacou que Pinhal "desenvolveu um trabalho brilhante no Banco da Agricultura e no Montepio", pelo que achou a sua escolha para braço-direito de Jardim Gonçalves no BCP "natural".
Catroga foi hoje ouvido pela juíza que conduz o caso no 2.º Juízo da 2.ª Secção de Pequena Instância Criminal, no Campus da Justiça (Parque das Nações), em Lisboa, em mais uma sessão do julgamento do recurso das condenações individuais aplicadas pela CMVM a vários gestores do banco.
Neste processo, a entidade de supervisão acusa nove membros da anterior gestão do banco de terem prestado informação falsa ao mercado entre 2002 e 2007.
Em consequência dessa acusação, a CMVM aplicou coimas aos nove ex-administradores e decretou a inibição da actividade bancária a oito deles pelo máximo de cinco anos, mas os visados recorreram da decisão.
Alvo destas acusações estão Jorge Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, Christopher de Beck, António Rodrigues, Alípio Dias, António Castro Henriques e Paulo Teixeira Pinto, assim como Luís Gomes e Miguel Magalhães Duarte, ainda em funções no banco.