O ministro das Obras Públicas considera que o importante é que a TAP esteja a caminho do resultado de exploração positivo. Carmona Rodrigues foi hoje questionado pelos deputados na comissão das Obras Públicas sobre os resultados de 2003 da TAP e as divergências que terão levantado entre o presidente do conselho de administração, Cardoso e Cunha, e o presidente da comissão executiva, Fernando Pinto.

Aos jornalistas, Carmona Rodrigues garantiu desconhecer divergências entre os dois órgãos sociais da TAP, reafirmando a confiança quer em Cardoso e Cunha, quer em Fernando Pinto, e em todos os funcionários da companhia. No entanto, sublinhou, é preciso aguardar pelos resultados finais auditados para fazer uma avaliação.

O ministro reconheceu que ainda a TAP tem de gerir um passado pesado em termos de passivo, mas está no bom caminho «se o resultado de exploração for de confiança».

A polémica pública sobre os resultados da TAP tem tido como principal foco a ideia que os lucros, superiores a 20 milhões de euros, terão sido sobretudo sustentados por elementos extraordinários que permitiram à empresa superar o orçamento.

O próprio Fernando Pinto já reconheceu no jornal da companhia que os resultados operacionais de 2003 ficaram, ainda, abaixo do desejado. Os primeiros meses de «performance» muito negativa, com fortes prejuízos no transporte aéreo em linha com a crise no sector, e alguma pressão da descida das tarifas sobre as receitas terão contribuído para essa situação.