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CAP alerta para vaga de furtos de postos de transformação elétrica em explorações agrícolas

No espaço de um ano, terão ocorrido mais de uma centena de furtos, com o objetivo de retirar o cobre dos equipamentos para posterior revenda, com as estimativas a apontarem para prejuízos superiores a um milhão de euros, de acordo com os registos da CAP.

Portugal foi contribuinte líquido da PAC entre 1989 e 1998.
Sergey Pivovarov/Reuters
28 de Fevereiro de 2024 às 13:00
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A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou, esta quarta-feira, para uma vaga de furtos de postos de transformação de eletricidade nas explorações agrícolas, com prejuízos np intervalo de um ano estimados em mais de um milhão de euros, exigindo que ao Governo que reforce a vigilância no mundo rural, que aumente a fiscalização e eleve a moldura penal para estes crimes.

Em comunicado, enviado às redações, a CAP dá conta de que tem vindo a receber das suas associadas, ao longo dos últimos meses,  "informações preocupantes sobre uma vaga de furtos de postos de transformação de eletricidade em propriedades situadas especialmente nas regiões do Ribatejo e do Alentejo", que "têm como objetivo a retirada de cobre existente nestes equipamentos para posterior revenda".

Este "flagelo" - denuncia a  maior organização de agricultores de Portugal- "tem-se intensificado nas últimas semanas", sendo que, só no último ano, de acordo com os registos reportados à CAP, verirficaram-se "mais de uma centena de furtos". Feita a estimativa, neste período, os prejuízos ascendem a mais de um milhão de euros".

"Os postos de transformação, que servem os sistemas de rega das explorações agrícolas e que são essenciais para o fornecimento de energia às habitações que se localizam nestas propriedades, ficam inutilizados, obrigando a que os custos de reparação tenham de ser totalmente suportados pelos agricultores, o que resulta em graves prejuízos para a sua atividade", explica a CAP, indicando que "devido à enorme frequência destes furtos, as companhias de seguros não aceitam segurar os postos de transformação, incorrendo os agricultores, por conseguinte, em caso de roubo, numa perda total do valor investido".

A organização liderada por Álvaro Mendonça e Moura chama a atenção que, além deste prejuízo, "há ainda que ter em consideração as avultadas perdas que decorrem da impossibilidade de rega das culturas enquanto o equipamento não é substituído".

Neste sentido, para resolver o problema, a CAP defende uma resposta a três níveis, que passa desde logo por "aumentar a vigilância e a presença das forças de segurança no mundo rural", por "reforçar a fiscalização junto de recetores e criando mecanismos que permitam rastrear a venda deste material roubado que alimenta o comércio paralelo e cujos proveitos alimentam outros negócios ilícitos" e, por fim, por "agravar a moldura penal para estes crimes, eliminando a impunidade que existe atualmente".

"Só uma ação concertada entre as autoridades e as organizações de agricultores poderá garantir a segurança do mundo rural, fator determinante para o desenvolvimento das atividades agrícolas e para a permanência das populações", conclui.
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